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Descoberta histórica transforma células da pele em neurônios

Rede de neurônios humanos conectados. A foto foi vencedora de um concurso de imagens microscópicas e foi feita pelo brasileiro Alexandre Teixeira Vessoni - Alexandre Teixeira Vessoni/Divulgação
Rede de neurônios humanos conectados. A foto foi vencedora de um concurso de imagens microscópicas e foi feita pelo brasileiro Alexandre Teixeira Vessoni Imagem: Alexandre Teixeira Vessoni/Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

06/08/2015 19h22

Dois times de cientistas chegaram de formas diferentes ao mesmo resultado: eles conseguiram transformar células da pele em neurônios. Os estudos foram divulgados nesta quinta-feira (6) na publicação científica Cell Stem Cell e devem revolucionar o tratamento de doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer, com a criação de neurônios com as células da pele do próprio paciente. As pesquisas levaram anos para serem concluídas.

O primeiro estudo foi liderado pelo bioquímico Gang Pei do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China. Ele descobriu uma forma de injetar moléculas químicas capazes de desligar o gene das células da pele humana e ativarem os genes de células neurais. Os cientistas testaram diversas hipóteses até chegarem nas sete moléculas que foram bem sucedidas. Elas foram batizadas de VCRFSGY, considerando as iniciais das substâncias utilizadas. A transformação aconteceu em semanas e levou à criação de neurônios maduros e funcionais.

O segundo estudo, também chinês, chegou ao mesmo resultado utilizando outro grupo de substâncias moleculares em células de ratos. A pesquisa foi liderada pelo cientista HongKui Deng, da Universidade de Pequim.