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Adolescentes encontram fósseis de mastodonte de cerca de 10 mil anos no RN

(Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Imagem: (Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Aliny Gama

Em Maceió

16/08/2016 17h48

Fragmentos de fósseis de um pré-histórico mastodonte foram encontrados em uma fazenda do município de Florânia (RN), região central do Estado, a 229 km de Natal. Segundo pesquisadores da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), o material é composto por pedaços da presa de marfim e da mandíbula com dentes molares do animal. 

O material foi recolhido pela equipe do MCC (Museu Câmara Cascudo), da UFRN, e levado para análise em Natal, na sexta-feira (12). Os fósseis passarão por processo de limpeza e, depois, pesquisadores farão estudos complementares para datação do material.

Esta é a primeira vez que fósseis de mastodonte são encontrados em Florânia. Segundo pesquisadores da UFRN, fósseis do animal já foram descobertos em todos os Estados brasileiros, com exceção do Tocantins. Os mastodontes viveram há cerca de 10.000 anos nas Américas do Norte e do Sul. A espécie é da família dos mamutes.

A descoberta em Florânia ocorreu quando dois adolescentes, Ana Karollina da Silva, 12, e o irmão dela Edvan Galdino Neto, 14, se banhavam no rio de uma fazenda, na semana passada. Eles observaram no leito que havia materiais semelhantes aos ossos de um animal pré-histórico e chamaram o pai, Edmilson Galdino, que é vaqueiro da fazenda.

15.ago.2016 - Pesquisador mostra fósseis de mastodonte encontrados no RN - (Universidade Federal do Rio Grande do Norte - (Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Galdino informou sobre o achado ao proprietário da fazenda, que acionou o arqueólogo Astrogildo Cruz. O pesquisador analisou o potencial do material junto com o arqueólogo Orlando Figueredo, professor de Geologia da UFRN, e informaram a descoberta dos fósseis ao Museu Câmara Cascudo.

A paleontóloga e diretora do MCC, Maria de Fátima Ferreira dos Santos, coordenou os trabalhos de expedição em Florânia e confirmou a existência do fóssil. O museu faz parte da Rede Universitária de Museus da UFRN e possui um setor de paleontologia com metodologias de coleta de amostras e dados em campo para embasamento e organização das coleções científicas. Agora os fósseis serão estudados pela Universidade.