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Piada? Volkswagen recebe prêmio Ig Nobel por 'reduzir' poluidores de carros

Sátira do prêmio Nobel vai, na categoria Química, para a montadora alemã, por "resolver" o problema da poluição ao fazer seus carros produzirem menos gases toda vez que passavam por testes - Reprodução
Sátira do prêmio Nobel vai, na categoria Química, para a montadora alemã, por "resolver" o problema da poluição ao fazer seus carros produzirem menos gases toda vez que passavam por testes Imagem: Reprodução

23/09/2016 09h20

Foram entregues na noite desta quinta-feira (22), na Universidade de Harvard, os prêmios Ig Nobel, uma espécie de sátira do Nobel dedicada a entidades ou cientistas que tenham tido ideias curiosas - e as implementado.

As categorias da premiação variam a cada ano. O prêmio de Química, por exemplo, foi, de forma irônica, para a Volkswagen: por sua "solução" para o problema do excesso de emissões de gases tóxicos por automóveis, através de uma produção menor de gases poluentes quando os carros são testados.

Como anunciou o apresentador Marc Abrahams, o vencedor "não pôde ou não quis" comparecer à cerimônia de entrega na Universidade de Harvard. A grande maioria dos demais vencedores, por outro lado, esteve presente.

Os prêmios Ig Nobel - derivado de ignóbil - são concedidos para coisas incomuns e pesquisas improváveis, explicou o apresentador Marc Abrahams, editor da revista científica humorística Annals of Improbable Research (Anais da pesquisa improvável).

Segundo ele, os prêmios Ig Nobel se destinam a conquistas que fazem as pessoas rir e, depois, pensar, suscitando assim o interesse na ciência, medicina e tecnologia.

Todos os vencedores recebem um troféu e uma nota de 10 trilhões de dólares zimbabuanos, que mal valem o material em que foram impressas.

Confira alguns dos premiados:

- Química: Para a Volkswagen, por "acabar" com a poluição gerada por automóveis. Na verdade, um programa de computador feito pela Volks adulterava os resultados dos testes e os carros pareciam poluir 40 vezes menos.

- Literatura: Para o sueco Fredrik Sjöberg, pela trilogia autobiográfica sobre o prazer de colecionar moscas mortas numa ilha sueca de baixa densidade populacional.

- Medicina: Para os alemães Christoph Helmchen, Carina Palzer, Thomas Münte, Silke Anders e Andreas Sprenger, pela pesquisa que mostrou que se pode aliviar a coceira num braço quando se olha no espelho e se coça o outro braço.

- Economia: Para Mark Avis, Sarah Forbes e Shelagh Ferguson, por uma pesquisa sobre a personalidade das pedras da perspectiva de marketing.

- Psicologia: Para um estudo feito com mil participantes que constatou que jovens adultos são os melhores mentirosos - sem assegurar se os entrevistados realmente estavam mentindo.