Evolução humana pode ter sido afetada por explosiva atividade vulcânica
Um novo estudo publicado nesta terça-feira (18) na revista Nature aponta que a evolução humana pode ter sido afetada por uma explosiva atividade vulcânica. O fenômeno natural teria ocorrido entre 320 mil e 170 mil anos atrás na Etiópia.
A data da erupção coincide com uma importante transição na evolução dos primeiros humanos modernos. A atividade vulcânica ocorreu ao mesmo tempo da chegada do Homo sapiens na região, há cerca de 200 mil anos. A data é um ponto crucial de nossa evolução.
O cientista William Hutchison, da Universidade de Oxford, e seus colegas queriam entender a magnitude e a época das grandes erupções na região para entender o ambiente de nossos ancestrais.
Ao reconstruir a história dos 200 km da fenda etíope, Hutchison estudou os vulcões Aluto e Corbetti e datações de rochas com vestígios de erupções. Os dados da pesquisa apontaram para evidências de uma explosão vulcânica altamente explosiva entre 320 mil e 170 mil anos atrás nesta região, em uma taxa cinco vezes maior do que o nível atual de vulcanismo na fenda.
Os autores acreditam que a atividade vulcânica, em quatro centos distintos, teria causado drásticas mudanças na paisagem e no meio ambiente da região. Isto enquanto nossos ancestrais ocupavam o local.
A fenda etíope é a detentora do recorde de coexistência entre humanos e vulcões. O local está ativo, e a África lentamente está se dividindo entre os dois lados dela. Um segmento da fenda atravessa a Etiópia, em região onde cerca de 10 milhões de pessoas vivem.
À medida que o continente se separa, a crosta é estendida, proporcionando a ascensão de magma.
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