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Estátua gigante encontrada no Cairo não é de Ramsés 2º

Mohamed Abd El Ghany/ Reuters
Imagem: Mohamed Abd El Ghany/ Reuters

Deutsche Welle

16/03/2017 20h29

Após análises, arqueólogos descartam suspeita inicial de que uma estátua gigante encontrada em favela do Cairo, Egito, represente o faraó Ramsés 2º. Na verdade, a escultura de 8 metros pode retratar Psamético 1º, faraó ficou conhecido por ter trazido estabilidade ao Egito.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (16) pelo ministro de Antiguidades do Egito, Khaled al-Anani. Segundo Anani, a estátua de 8 metros de altura pode retratar Psamético 1º, que governou o Egito há mais de 2,5 mil anos, entre 664 e 610 antes de Cristo.

Se confirmado, esta será a maior escultura já descoberta do Período Tardio. "Não vamos ser categóricos, mas há uma grande possibilidade de ser Psamético 1º", disse Anani.

Psamético 1º é conhecido por ter trazido estabilidade ao Egito, após anos de agitação. Ele governou a região por mais de 50 anos e cerca de 600 anos depois de Ramsés 2º.

Um time de arqueólogos egípcios e alemães encontrou na semana passada duas estátuas de faraós na zona arqueológica de Ain Shams, na antiga cidade de Heliópolis, que agora é um bairro da capital egípcia.

A imagem gigante de quartzito foi localizada em frente ao portal do templo de Ramsés 2º, o que levantou as suspeitas de que a escultura retratasse este faraó.

Depois de examinarem as peças, no entanto, arqueólogos encontram elementos característicos de outros períodos. Um deles seria a inscrição "Nebaa". Segundo Anani, apenas Psamético 1º ganhou o nome de Nebaa. O ministro disse que ainda levará meses para a confirmação sobre a origem da estátua.

A escultura foi encontrada ao lado de outra que retrataria em tamanho natural o rei Seti, filho de Ramsés 1º e o segundo faraó da mesma dinastia. Esta peça é feita de caliça e tem aproximadamente 80 centímetros. 

9.mar.2017 - Um , Egito - Mohamed Abd El Ghany/ Reuters - Mohamed Abd El Ghany/ Reuters
Homem passa pelo que parece ser a cabeça de uma estátua desenterrada do faraó Ramsés II, no Cairo
Imagem: Mohamed Abd El Ghany/ Reuters