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Cinzas de Hawking são enterradas ao lado dos túmulos de Newton e Darwin

Do UOL, em São Paulo

15/06/2018 17h35

As cinzas do astrofísico britânico Stephen Hawking foram enterradas ao lado dos túmulos de outros dois grandes cientistas --Isaac Newton e Charles Darwin-- na Abadia de Westminster, em Londres, nesta sexta-feira (15), três meses após a sua morte. 

A cerimônia ocorreu três meses após a morte do astrofísico britânico - Abadia de Westminster/Divulgação - Abadia de Westminster/Divulgação
A cerimônia ocorreu três meses após a morte do astrofísico britânico
Imagem: Abadia de Westminster/Divulgação
"Estamos muito agradecidos à Abadia de Westminster por nos oferecer o privilégio de celebrar um serviço de ação de graças à extraordinária vida de nosso pai, e por ter reservado um local distinto para o repouso final", afirmaram seus filhos Lucy, Robert e Tim Hawking.

Paralelamente ao enterro, que contou com a presença de amigos e familiares, uma mensagem de Hawking era transmitida para o buraco negro mais próximo da Terra. A mensagem --com sua conhecida voz sintetizada e especialmente escrita para a ocasião-- foi transmitida pela Agência Espacial Europeia.

"É um gesto bonito e simbólico que cria um vínculo entre a presença do nosso pai neste planeta, seu desejo de ir ao espaço e a exploração do universo em sua mente", disse Lucy .

A mensagem de Hawking foi enviada "ao buraco negro 1A 0620-00, em um sistema binário com uma estrela anã laranja". O sistema está a 3.500 anos-luz da Terra, o tempo que a mensagem vai demorar para chegar a seu destino final. 

É uma mensagem de paz e esperança, sobre a unidade e a necessidade de vivermos juntos e em harmonia neste planeta".

Hawking, que dedicou sua vida a desvendar os mistérios do universo e lutou para vencer as deficiências, faleceu em 14 de março, aos 76 anos. Ganhou fama mundial com o livro "Uma breve história do tempo", de 1988.

Sua morte rendeu uma série de homenagens, da rainha Elizabeth 2º à Nasa, que demonstraram o impacto de Hawking como cientista, mas também como farol de esperança para as pessoas afetadas por doenças degenerativas.

Stephen Hawking desafiou as previsões dos médicos que, em 1964, afirmaram que ele teria poucos anos de vida após o diagnóstico de uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença que ataca os neurônios motores responsáveis por controlar os movimentos voluntários e que o condenou durante décadas a uma cadeira de rodas. (* Com informações de agências de notícias)