Arqueólogos abrem sarcófago com mais de 2 mil anos achado no Egito
O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou nesta quinta-feira (19) a abertura do misterioso sarcófago de mais de 2.000 anos encontrado em um bairro de Alexandria, no norte do país. Foram encontrados três esqueletos que provavelmente pertencem a oficiais militares ou guerreiros, o que acaba com as especulações de que poderia se tratar dos restos mortais de Alexandre, o Grande.
Em comunicado, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades e chefe da missão egípcia, Mustafa Waziri, indicou que o sarcófago de rocha negra, encontrado durante uma inspeção em uma escavação realizada em um terreno particular no bairro de Sidi Gaber, estava cheio de águas residuais de esgoto, o que pode ter acelerado a decomposição.
Um especialista no estudo de múmias e esqueletos, Shaaban Abdelmoneim, citado pelo ministério, indicou que o primeiro exame dos ossos revelou que eles provavelmente eram de "três oficiais militares ou guerreiros". Um dos crânios apresenta um ferimento por uma flecha, assinalou o especialista, sem oferecer mais detalhes. Waziri acredita que trata-se de um funeral de parentes.
Os três esqueletos foram transferidos aos armazéns do Museu Nacional de Alexandria para serem analisados, afirmou o ministério na nota.
Veja também:
- Metade das manchas de sangue do Santo Sudário são falsas, dizem especialistas
- Descoberto na Argentina dinossauro gigante de mais de 200 milhões de anos
O interior do sarcófago foi alvo de polêmica desde que foi descoberto há três semanas, já que o ministério indicou que o achado datava da época ptolemaica, que consiste no século 3 a.C. O sarcófago de granito preto foi achado em uma tumba a 5 metros de profundidade. Ele tem 1,85 metros de altura, 2,65 metros de comprimento e 1,65 metros de largura. Uma cabeça de um homem esculpida também também foi encontrada no local.
O período greco-romano dos ptolomeus começou no Egito com a conquista do país por Alexandre Magno, no ano de 332 a.C. (antes de Cristo), e finalizou com a tomada de Alexandria pelos romanos, 30 anos antes de Cristo, quando o país era governado pela rainha Cleópatra VII.
Nos últimos dias, vários veículos de imprensa estrangeiros, citando especialistas egípcios, tinham assegurado que no interior do sarcófago poderia estar a múmia de "um líder do primeiro escalão", o que alimentou os rumores nas redes sociais de que poderia se tratar do próprio Alexandre, o Grande.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.