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Mortes anuais por câncer serão 17 milhões em 2030, diz pesquisador

Da Reuters<br>Em Barcelona

24/09/2007 15h41

As mortes por câncer vão mais que dobrar até 2030, atingindo 17 milhões de pessoas por ano, e os países mais pobres serão os mais afetados, disse nesta segunda-feira o diretor da Agência Internacional de Pesquisas sobre Câncer, Peter Boyle.

O envelhecimento da população vai fazer a ocorrência de câncer aumentar, especialmente nos países em desenvolvimento, onde sobe o número de pessoas que fumam e bebem, afirmou ele.

E a doença vai afetar mais os países pobres por causa da limitação nos recursos dedicados à saúde e da falta de tratamentos como a radioterapia, que podem estender a vida das pessoas, disse Boyle na Conferência Européia sobre Câncer.

Segundo ele, está mudando a noção de que o câncer é uma doença de países ricos, já que se imaginava que os habitantes das nações mais pobres não viviam o suficiente para desenvolvê-lo.

Para Boyle, os moradores dessas nações estão vivendo mais e continuam adotando atividades que causam câncer, como fumar.

"A grande questão é o envelhecimento", disse ele. "A velocidade do envelhecimento da população é uma coisa que cresce drasticamente, especialmente nos países de poucos ou médios recursos."

Hoje, o câncer mata 7 milhões de pessoas por ano.