Mumificação era prática disseminada entre ancestrais britânicos, diz estudo
A mumificação era uma prática disseminada durante a Idade do Bronze (2.200 a.C. a 750 a.C) no que hoje em dia é a Grã-Bretanha, aponta um novo estudo.
Arqueólogos usaram análise microscópica óssea para estudar 34 restos mortais humanos da Grã-Bretanha da Idade do Bronze, e os comparou a múmias conhecidas do norte do Iêmen e da Irlanda. O padrão de erosão em 16 dos esqueletos britânicos era consistente com o de múmias conhecidas.
"Como era uma prática disseminada na Grã-Bretanha, não existe motivo para pensar que não fosse comum nas sociedades da Idade do Bronze da Europa inteira", afirmou Tom Booth, arqueólogo do Museu de História Natural de Londres e um dos autores do estudo.
A pesquisa integrou seu trabalho de doutorado na Universidade de Sheffield. Ele e colegas publicaram as descobertas em "Antiquity".
Os britânicos antigos podem ter enterrado os mortos em turfeiras durante algum tempo para mumificá-los, disse Booth. Eles podem ter recorrido à evisceração, processo no qual os órgãos são removidos após a morte.
As múmias da Idade do Bronze podem ter sido mantidas acima do chão, em exposição, acrescentou o cientista. Dessa forma, os mortos continuariam participando da vida em sociedade.
Por exemplo, elas "podem ter sido usadas para legitimar o poder ou a propriedade de terra. Podia ser uma maneira de dizer: 'Meu ancestral cultivou a terra. Ele está aqui agora e a cultivou anos atrás'", explicou Booth.
Os pesquisadores esperam examinar mais amostras na Grã-Bretanha e, também, na Europa continental.
"Seria interessante ver até onde isso foi", explicou Booth.
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