Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Bem que Bolsonaro, o serial killer, poderia parar de encher o saco do país
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"Não encham o saco", recomendou Bolsonaro aos membros da CPI do Senado que criticam o uso da cloroquina.
Em campanha eleitoral por Rondônia nesta sexta-feira, o presidente da República usou várias vezes a expressão do linguajar da caserna contra todos aqueles que se opõem à sua ação ou inação no combate à pandemia.
Tudo para ele agora "enche o saco": o uso de máscaras, o distanciamento social com medidas de restrição à circulação, a compra de vacinas, a higiene com as mãos, ou seja, as recomendações da OMS para estancar a propagação do coronavírus.
Faz sentido: Bolsonaro agiu o tempo inteiro na contramão da ciência para espalhar a doença.
Boicotou a compra de vacinas, que estão em falta, atacou a China, o nosso maior fornecedor de insumos para a produção de imunizantes, desafiou o STF e os governadores, ameaçou baixar um decreto para implantar o "liberou geral".
Pois eu peço que Bolsonaro, se não aguenta mais ser presidente, deixe de encher o saco do país e desocupe logo a moita no Palácio do Planalto, a única forma de impedir a continuação da matança de brasileiros.
Discute-se se o presidente é ou não um genocida, palavra que também o irrita profundamente, mas é certo que se trata de um serial killer, que provocou o colapso sanitário no país, em parceria com o general Pazuello, o militar fujão que tem medo da CPI.
Os crimes praticados pela dupla merecerão em algum momento ser julgados pelos tribunais nacionais e internacionais.
Enquanto isso não acontece, urge interditar Bolsonaro, impossibilitado de governar o país por suas deficiências cognitivas, falta de noção da realidade, opção preferencial pela morte e por ameaçar as instituições e o Estado de Direito com suas pregações golpistas.
Decidido a dobrar a aposta pelo uso da cloroquina e outras drogas com efeitos colaterais graves, que podem levar à morte dos pacientes, o capitão é um risco ambulante que circula pelo Brasil em busca da reeleição, falando barbaridades e besteiras, certo da impunidade.
Para ele, o "povo" é aquele punhado de devotos que grita "Mito!" quando o vê no cercadinho do Alvorada e as plateias amestradas que reúne por onde passa, sem usar máscara, beijando crianças e provocando aglomerações.
"Você é livre para escolher, com seu médico, qual a melhor maneira de se tratar e, por favor, não enche o saco de quem optou por uma linha diferente da sua", receitou hoje o capitão da cloroquina, com a cumplicidade do Conselho Federal de Medicina, que lavou as mãos sujas de sangue. Em outras palavras: você é livre para escolher a morte.
Chegamos a um ponto de não retorno. Com Bolsonaro, não há a menor chance de sairmos do buraco em que ele nos enfiou e continuaremos batendo recordes de mortos e contaminados pelo vírus, sem esperanças de voltarmos um dia a ter uma vida normal.
Se as instituições estão funcionando, como dizem as polianas, então é hora de mostrarem serviço para afastar do cargo o principal responsável pela grande tragédia brasileira. O resto do governo só tem figurantes e figuras patéticas, a começar pelo "superministro" da Economia, Paulo Guedes, que faz parte do "gabinete paralelo" de sumidades montado pelo capitão para enfrentar a covid-19, com os filhos e outros terraplanistas, no bunker do Planalto, que resolveram desafiar a China e o resto do mundo.
Cada dia mais fraco e desesperado, Bolsonaro não passa de um bufão perigoso que se pela diante das investigações da CPI e sai atirando para todos os lados.
Do outro lado da trincheira brancaleone dos generais de pijama e milicianos pintados de verde-amarelo, um país de 212 milhões de habitantes tenta apenas sobreviver à pandemia, ao capitão e à fome.
Vida que segue.
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