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Chico Alves

Militares da reserva fazem segundo protesto em Brasília contra Bolsonaro

Militares da reserva protestam contra Bolsonaro - Divulgação
Militares da reserva protestam contra Bolsonaro Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

21/10/2020 14h55Atualizada em 21/10/2020 15h52

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Pelo segundo dia, militares da reserva e pensionistas das Forças Armadas fazem protesto em Brasília contra o presidente Jair Bolsonaro. Os graduados e praças reclamam pela redução dos valores de adicionais de disponibilidade (ganho pelo fato de o militar ser obrigado a ficar completamente disponível para a força) e habilitação (recebido de acordo com os cursos feitos por cada um), além de outros benefícios, definida na reforma da previdência.

Na manhã de hoje, manifestantes vindos de vários estados simularam à frente do Palácio do Planalto uma formação militar, ao som de discursos que cobravam o presidente pelo cumprimento do acordo feito para reverter os prejuízos aos praças, graduados e pensionistas. "O sentimento geral é que o presidente Bolsonaro nos traiu", diz Wagner Coelho, suboficial da reserva da Marinha, um dos organizadores do protesto.

Protesto de militares da reserva contra Bolsonaro - Divulgação - Divulgação
Protesto de militares da reserva contra Bolsonaro
Imagem: Divulgação

Ontem, cerca de 300 manifestantes marcaram posição à frente do prédio do Ministério da Defesa. Ainda hoje, eles pretendem fazer um protesto nas cercanias do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Amanhã haverá nova mobilização em Brasília.

"Esperamos uma posição de Bolsonaro. Afinal, foram esses militares que por muito tempo atuaram como cabos eleitorais do presidente e agora estão arrependidos", critica Coelho.

Em dezembro, em reunião no Senado, com a presença de dois ministros e comandantes das Forças Armadas, foi feita a promessa de reparação de perdas salarias. Pelo acordo, a proposta para os militares de menor remuneração seria enviada em janeiro, mas isso não aconteceu. Segundo Coelho, os generais tiveram aumento desproporcional em relação aos praças.

"Vamos cobrar o cumprimento desse acordo até o final", afirma o suboficial.