Topo

Chico Alves

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Grupo de ativistas quer antecipar manifestação contra Bolsonaro

29.mai.2021 - Manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista no último sábado (29) - Yuri Murakami/Estadão Conteúdo
29.mai.2021 - Manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista no último sábado (29) Imagem: Yuri Murakami/Estadão Conteúdo

Colunista do UOL

23/06/2021 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Apesar de definida ontem a data de 24 de julho para a nova manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro em várias cidades, uma parte dos ativistas quer que os protestos sejam antecipados. A tese a ser defendida na assembleia que vai acontecer hoje, às 19h, é que a situação do país é muito grave para que os protestos sejam realizados apenas uma vez a cada mês.

Um dos que defendem a antecipação dos atos é o youtuber Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP. Em várias publicações no Twitter, ele reclamou. "Em 24 de julho já teremos chegado aos 600 mil mortos", tuitou Torres. "Quem apoiou essa data não quer manifestação, quer passeio, quer comício eleitoral, não quer o impeachment do genocida!".

A data de 24 de julho foi definida na plenária da campanha Fora Bolsonaro, onde estão as frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular, partidos de esquerda e centenas de movimentos sociais. Os 80 representantes desses grupos decidiram o dia da terceira manifestação.

"Todas as vezes que se marca uma data, há discordâncias", explicou à coluna Josué Rocha, integrante da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo. "Discutimos diversas alternativas e depois do debate chegou-se a essa data".

Segundo Rocha, a campanha Fora Bolsonaro tem conseguido manter as datas e tem congregado o maior número de organizações. "Mas claro que não é a única manifestação possível", observa.

Em outro tuíte, Chavoso da USP diz que "se forem marcadas outras manifestações nesse meio tempo, é necessário que essas figuras/partidos mobilizem e/ou compareçam também", referindo-se aos integrantes dos partidos de esquerda.