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Chico Alves

REPORTAGEM

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Luis Miranda sobre diretora da Precisa: 'Tenta ocultar rastro de crimes'

Emanuela Medrades e Luis Miranda - Reproduções de vídeo
Emanuela Medrades e Luis Miranda Imagem: Reproduções de vídeo

Colunista do UOL

14/07/2021 15h52

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Depoente de hoje na CPI da Covid, a diretora da Precisa, empresa intermediária da compra da vacina indiana Covaxin, Emanuela Medrades, tentou desmentir o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo quanto à data da primeira nota fiscal da transação. Segundo ela, o documento - conhecido como invoice - foi enviado ao Ministério da Saúde no dia 22 de março, não no dia 18, como os irmãos afirmam. Isso tornaria impossível que no dia 20 de março o deputado tivesse alertado o presidente Jair Bolsonaro para possível esquema de corrupção envolvendo essa negociação.

A versão de Medrades foi confrontada na comissão com a exibição de um vídeo do dia 23 de março em que a própria diretora da Precisa admite que enviou a invoice ao governo no dia 18. Além disso, o próprio coronel Elcio Franco, exibiu em entrevista coletiva uma invoice com data do dia 18.

O deputado Luis Miranda criticou à coluna a postura da depoente: "No dia 23, com a memória fresquinha, ela afirma que a invoice foi entregue na quinta-feira, dia 18. Aí, agora, por interesse, obviamente, tentando ocultar os crimes da empresa, ela muda a narrativa".

Miranda observa que Emanuela Medrades muda a versão por estar sob pressão. "Porque ela teria mentido naquela época e não agora? Ela tentou ocultar os rastros dos crimes cometidos pela empresa e pelo chefe dela", argumenta o deputado. "É muito visível que agora ela mentiu. A verdade é: a invoice sempre esteve à disposição do Ministério da Saúde em data anterior ao nosso encontro com o presidente, eu tenho certeza, eu vi ".

A diretora da Precisa sugeriu à CPI que seja feita uma acareação entre ela e os irmãos Miranda. "Estarei sempre à disposição", diz o parlamentar. "A verdade sempre esteve conosco e não tememos os mentirosos".