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Brasil registra 4º maior número de mortes por covid-19 no mundo, aponta OMS

Presidente Jair  Bolsonaro em Brasília -
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília

Colunista do UOL

03/05/2020 14h20

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O informe diário da Organização Mundial da Saúde publicado neste domingo aponta que, considerando os números deste sábado, o Brasil já supera praticamente todos os países europeus em termos de mortes. Apenas EUA, Reino Unido e Itália tiveram um número maior de mortes que o país no período de um dia até então.

De acordo com o informe, o Brasil somou 428 mortes no período de 24 horas da coleta de dados. O documento considera os dados atualizados pelos governos e entregues à entidade, o que de fato representa um atraso de cerca de um dia na contabilidade.

Em termos de mortes neste período de 24 horas, o Brasil aparecia no informe da OMS na quarta posição, com 428 casos confirmados. Nos EUA, foram 5 mil, contra 621 no Reino Unido e 174 na Itália.

Países duramente afetados como Espanha ou França registraram um número inferior ao do Brasil, ainda que a taxa tenha sofrido variações ao longo da semana.

Oficialmente, foram registrados apenas 58 casos de mortes na Rússia, 78 na Turquia e 83 na Índia. Na China, nenhuma nova morte foi contabilizada.

A coleta de dados da OMS foi concluída às 5h da manhã, do horário brasileiro. Naquele momento, existiam 91,5 mil casos no Brasil, com 6,3 mil mortes. Mais tarde, o Ministério da Saúde atualizou estes números e o país ultrapassou a marca de 100 mil casos da virose, com 7.025 óbitos.

Nos números considerados pela OMS no estudo, foram 8,6 mil mortes registradas no mundo em 24 horas. Cerca de 5%, portanto, ocorreram no Brasil. A OMS aponta para 3,3 milhões de casos confirmados e 238 mil mortes no total da pandemia até agora.

Os números sobre o Brasil coincidem com os alertas realizados por Donald Trump, que passou a citar o país em suas coletivas de imprensa ao apontar a situação "difícil" vivida pelo governo de Jair Bolsonaro.

Na OMS, sempre diplomática, a ordem é a de evitar apontar o dedo. Mas a agência indicou na sexta-feira que estava "profundamente preocupada" com a aceleração de casos na América do Sul e pedia maior monitoramento da situação.