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Jamil Chade

REPORTAGEM

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OMS reafirma ineficácia da cloroquina e testa novos remédios contra covid

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) - Fabrice COFFRINI / POOL / AFP
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) Imagem: Fabrice COFFRINI / POOL / AFP

Colunista do UOL

11/08/2021 10h31

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A OMS anunciou nesta quarta-feira a aposta da entidade em três novos remédios que estariam tendo sinais de impacto positivo tratamento da covid-19. Uma nova fase de pesquisas será iniciada, com as drogas artesunate, imatinib e infliximab. Mas a entidade deixou claro, uma vez mais, que abandonou qualquer aposta e pesquisas na cloroquina.

Segundo Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, a cloroquina, remdesivir, lopinavir e interferon mostraram "pouco ou nenhum efeito em pacientes hospitalizados". Já em outubro do ano passado esses remédios foram retirados dos testes. Mas os resultados finais serão publicados em setembro de 2021.

No Brasil, o governo mobilizou sua diplomacia e parte do estado na busca, compra e distribuição da cloroquina.

Na OMS, porém, os três remédios que continuarão a ser testados foram selecionados por seu "potencial de reduzir o risco de morte em pacientes hospitalizados".

Trata-se de uma lista de remédios que já são usados para outras doenças. Artesunate, por exemplo, é usado contra a malária, enquanto imatinib é usado contra o câncer e o infliximab é recomendado por doenças do sistema imunológico.

De acordo com a OMS, a covid-19 superou a marca de 200 milhões de casos confirmados no mundo na semana passada. Mas Tedros admite que o número real é "bem maior". Ele alerta que o mundo precisou de um ano para atingir os primeiros 100 milhões de casos. Mas apenas seis meses para dobrar a contaminação.

Se a trajetória da pandemia não for modificada, o mundo irá superar a marca de 300 milhões de casos já no início de 2022.