Bolsonaro faz reforma ministerial em conta-gotas
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Jair Bolsonaro grudou em todas as notícias que mencionavam o seu desejo de promover uma reforma ministerial o selo de "fake news". Agora, a cada movimento que promove para mexer as peças do primeiro escalão do governo, Bolsonaro se consolida como um fake presidente. Ele faz em conta-gotas a reforma que assegurou que não faria. Um dia depois dar posse a Rogério Marinho, que substituiu Gustavo Canuto no Ministério do Desenvolvimento Regional, o presidente se move para trocar o comando da Casa Civil.
Deseja-se trocar o deputado licenciado Onyx Lorenzoni, reduzido a gestor do nada, por alguém de perfil técnico. Onyx teve uma trajetória curiosa. Encostou em Bolsonaro numa época em que os aliados do capitão cabiam numa Combi. Graças à sua lealdade, foi deslocado da periferia da Câmara para o epicentro do poder.
Antes mesmo da posse, virou ministro extraordinário da transição de governo. Experimentou a sensação de quem enfia um dedo na fava de mel, lambe o dedo e vislumbra as dádivas do poder. Transformado em chefe da Casa Civil, Onyx passou a fugir das abelhas. Foi gradativamente esvaziado por Bolsonaro. Agora, foi convidado para a Casa Civil o general Walter Braga Netto, de perfil absolutamente discreto e técnico.
Na hipótese de ascensão de mais um general, a equipe de ministros palacianos passará a ser 100% militar. Hoje, já dão expediente no Planalto dois generais —Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo)— e um major aposentado da PM de Brasília, Jorge Oliveira (Secretaria-Geral). Isso mostra que Bolsonaro volta a prestigiar os militares. Mas é preciso recordar que Bolsonaro já afastou generais de sua equipe com um peteleco. Entre eles o então ministro Caros Alberto Santos Cruz, um amigo de três décadas. Significa dizer que, sob Bolsonaro, nem mesmo a farda assegura estabilidade no emprego.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.