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Bolsonaro oscila entre algema e camisa de força
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Bolsonaro presta depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira sobre plano tabajara urdido com Daniel Silveira para grampear uma conversa do senador Marcos do Val com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Será o quarto interrogatório do capitão desde o início do ano.
Na versão original divulgada por Marcos do Val, a trama discutida com Silveira e Bolsonaro no Palácio da Alvorada consistia em tentar gravar Alexandre de Moraes com equipamento de escuta da Abin. A ideia era induzir o ministro, que preside o TSE, a dizer algo que fosse comprometedor o bastante para levar à anulação do processo eleitoral de 2022. A esse ponto chegamos.
Na estratégica concebida pela defesa, Bolsonaro precisa se dissociar do senador Do Val. Não pode negar a reunião do Alvorada, pois a existência da conversa é algo incontroverso. Precisa desqualificar Do Val e vender a tese segundo a qual foi apenas uma testemunha muda de um diálogo amalucado.
Se for bem-sucedido, Bolsonaro ficará em situação paradoxal. Livrando-se das algemas, corre o risco de ser metido numa camisa de força, pois só um presidente sem juízo abriria as portas da residência oficial para a desqualificação.
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