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Bolsonaro nega, mas já atacou outros Poderes várias vezes; veja frases

O presidente Jair Bolsonaro durante manifestação de 7 de setembro na Av. Paulista - Andre Lucas/UOL
O presidente Jair Bolsonaro durante manifestação de 7 de setembro na Av. Paulista Imagem: Andre Lucas/UOL

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

09/09/2021 17h30Atualizada em 09/09/2021 22h10

Em nota oficial divulgada hoje à tarde, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que nunca teve "nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes". A declaração do presidente é FALSA. Diversas falas públicas do presidente mostram o contrário — algumas inclusive bastante recentes.

Dois dias atrás, no 7 de setembro, Bolsonaro fez um discurso golpista e chamou publicamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de "canalha". Também afirmou que não cumpriria qualquer ordem do ministro, incitando seus apoiadores contra a Corte.

"Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá", declarou Bolsonaro de cima de um caminhão na avenida Paulista, em São Paulo, diante de dezenas de milhares de apoiadores.

E no mesmo dia, em Brasília, o presidente fez uma ameaça golpista ao afirmar que ou o presidente do STF, ministro Luiz Fux, "enquadrava" o Supremo "ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos".

Ainda no dia 7, Bolsonaro afirmou que as eleições brasileiras seriam uma "farsa" patrocinada pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, além de mais uma vez espalhar desinformação sobre o processo eleitoral.

Em agosto, na reta final da tramitação da proposta do voto impresso — que veio a ser derrubada na Câmara dos Deputados — Bolsonaro foi filmado xingando Barroso de "filho da p...".

"Aquele filho da p... ainda faz isso. Aquele filho da p... do Barroso", disse o presidente em meio a apoiadores em Joinville (SC).

Presidente respondeu Senado com 'caguei'

Em julho, Bolsonaro respondeu com um "caguei" ao pedido feito pela CPI da Covid — aberta pelo Senado, uma das Casas do Poder Legislativo — para confirmar ou não denúncias feitas pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF).

"Hoje foi o Renan [Calheiros (MDB-AL)], o Omar [Aziz (PSD-AM)] e o saltitante, fizeram uma festa lá embaixo, na Presidência, entregando um documento para eu responder. Sabe qual a minha resposta, pessoal? Caguei", disse Bolsonaro durante uma live.

Em junho, Bolsonaro declarou que sete senadores da CPI da Covid eram "bandidos".

"Não vai ser com mentiras ou com CPI integrada por sete bandidos que vão nos tirar daqui", afirmou, em alusão ao grupo conhecido como 'G7' da comissão parlamentar.

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