Horário de verão nasceu na 1ª Guerra Mundial; mudança ocorre neste domingo

Curiosidades sobre o horário de verão

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  Economizando para a guerra

  Segundo o escritor David Prerau, autor do livro "Seize the Daylight" ("Aproveite a luz do dia", em tradução livre), o horário de verão foi adotado pela primeira vez na Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. O objetivo era economizar o combustível usado na iluminação artificial. Os alemães foram seguidos por países do outro lado das trincheiras, como Reino Unido e Estados Unidos. Hoje, quase todos os países europeus adotam o horário de verão, assim como a maior parte dos EUA, Canadá e México. Irã, Turquia, Israel, Nova Zelândia, Austrália e Namíbia são outros países que adiantam o relógio no verão

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  Franklin e as velas

  Ainda no fim do século 18, o político e inventor americano Benjamin Franklin fez uma incrível "descoberta" enquanto morava em Paris: o sol gerava luz desde o momento em que nascia. A observação, registrada em carta, era uma crítica bem-humorada aos hábitos notívagos e ao consequente consumo incessante de velas pelos parisienses mesmo durante o verão, com os dias mais longos. Apesar de não propor o horário de verão como conhecemos hoje, o mérito de Franklin foi sugerir o aproveitamento de mais horas com luz natural e reduzir os gastos com energia

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  Horário de verão existe desde 1931 no Brasil

  O horário de verão foi instituído no Brasil pela primeira vez em outubro de 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, e durou até março de 1932, segundo Ministério de Minas e Energia. Naquela ocasião, a mudança de horário valeu em todo o país. Depois, o horário de verão foi usado de forma intermitente em oito ocasiões até 1985, e desde então entra em vigor todos os anos. Em 2008, um decreto instituiu o início do horário de verão sempre no terceiro domingo de outubro e fim no terceiro domingo de fevereiro -- caso o Carnaval caia nesta data, o horário de verão é prorrogado por mais uma semana

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  Por que nem todos os Estados adotam o horário de verão?

  Atualmente apenas os Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal) adotam o horário de verão. Isso porque são as regiões em que os dias de verão são bem mais longos que os de inverno, permitindo mais tempo de aproveitamento da luz natural . Como os Estados do Norte e do Nordeste são mais próximos da Linha do Equador, os dias e noites têm durações similares durante todo o ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia, "houve poucos benefícios elétricos e energéticos" quando houve horário de verão nos Estados dessas regiões. Leia mais

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  Qual o tamanho da economia?

  O governo prevê economia de R$ 7 bilhões aos cofres públicos, valor equivalente ao custo evitado em investimentos no sistema elétrico para atender a uma demanda adicional prevista. Segundo o Ministério de Minas e Energia, nos últimos dez anos, a mudança de horário tem sido responsável por uma diminuição de 4,6%, em média, na demanda. Leia mais

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  Horário de polêmicas

  Não é só na mesa de bar e nas redes sociais que o horário de verão vira divisor de opiniões. Na Câmara dos Deputados, há projetos em tramitação defendendo o fim do horário de verão, e outros que pedem a realização de um plebiscito para a população decidir sobre o assunto. Em 2011, vereadores de Goiânia tentaram driblar a mudança no relógio com uma lei atrasando em uma hora a abertura e o fechamento de lojas, indústrias e escolas na cidade. No Uruguai, este ano, empresários do setor de bares e restaurantes pressionaram, com sucesso, o governo a derrubar o decreto que instituía o horário de verão, alegando que os estabelecimentos perdiam consumidores

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  Confusão total nos EUA

  Imagine passar por sete mudanças de horário em um percurso de 56 km. Isso aconteceu nos EUA depois da Segunda Guerra Mundial, quando não havia uma lei federal que regulasse o horário de verão; a decisão ficava a critério de cada cidade. O problema só foi resolvido em 1966, com a sanção pelo presidente Lyndon Johnson de uma lei que prevê a aplicação do horário de verão apenas em nível estadual, sendo que cada Estado pode optar por adotar a mudança ou não.

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  Transtorno eleitoral

  Em 2004 e 2006, o início do horário de verão no Brasil foi adiado por causa das eleições em outubro. Isso ocorreu porque, se a mudança de horário ocorresse no meio do mês, as urnas eletrônicas precisariam ser reprogramadas antes do segundo turno, o que provocaria um transtorno de logística para os tribunais eleitorais.

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  Verão "eterno" no Chile

  Em janeiro deste ano, o governo chileno resolveu suspender por tempo indefinido a revogação do horário de verão. Segundo as autoridades locais, a manutenção do adiantamento dos horários em uma hora tem como objetivos "garantir a qualidade de vida dos chilenos e promover o bom uso da energia".

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  Jantar atrasado

  Alguns países de maioria muçulmana não adotam o horário de verão por causa do Ramadã, mês em que os fiéis da religião jejuam entre o nascer e o pôr do sol e que é celebrado durante o verão. Com a mudança de horário, os fiéis demorariam mais para quebrar o jejum no fim do dia. É por esta razão que mesmo países islâmicos que instituem o horário de verão, como o Marrocos, o interrompem durante o Ramadã. Leia mais

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  Impactos na saúde e no sono

  Até hoje, médicos e pesquisadores não têm um parecer unânime sobre os impactos do horário de verão na nossa saúde. Uma pesquisa de 2013 da Universidade Liverpool John Moores, no Reino Unido, aponta dificuldades no sono durante toda a primeira semana do horário de verão, com possível relação com aumento de acidentes de trânsito. Por outro lado, outro estudo, feito em 2010 pela Universidade de Minnesota (EUA), afirma que o horário de verão pode ajudar a diminuir o número de acidentes, já que há mais tempo de luz natural -- ou seja, mais visibilidade -- nos horários de rush. Já um estudo feito por pesquisadores suecos, noruegueses e americanos publicado em 2012 aponta que o horário de verão eleva o risco de ataque cardíaco em pessoas que já têm problemas no coração devido às mudanças nos ciclos de sono.