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PF prende 36 em quatro Estados durante operação contra tráfico internacional

Lucas Azevedo<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Porto Alegre

25/11/2010 17h14Atualizada em 25/11/2010 18h37

A Polícia Federal desencadeia simultaneamente em quatro Estados brasileiros e em cidades do Paraguai uma megaoperação contra o tráfico internacional de drogas. Até o final da tarde desta quinta-feira (25), 36 pessoas haviam sido presas suspeitas de participarem da rede, comandada por um brasileiro preso no Paraguai. Também foram apreendidos 24 veículos, R$ 200 mil, US$ 4mil e quatro armas de fogo.

O traficante Jarvis Ximenes Pavão, apontado como líder da quadrilha, enviava mensalmente meia tonelada de pasta base de cocaína para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ele cumpre pena por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no presídio nacional de Tucumbu, em Assunção, no Paraguai. Pavão foi preso pela PF em 1994 no Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O governo brasileiro solicitou sua extradição. Pavão também é suspeito de ser o mandante do assassinato de um desafeto em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, em 10 de julho deste ano.

A pasta base era transportada do Paraguai em pequenos aviões, em ônibus ou escondida em veículos. No caso das aeronaves, a mercadoria era arremessada do ar, para ser recolhida em terra por membros do grupo. Em julho deste ano, uma dessas “entregas” foi flagrada pela PF na região de Uruguaiana, fronteira oeste do RS, quando foram apreendidos 61 quilos da droga.

Nesta quinta-feira estão sendo cumpridos 41 mandatos de prisão e busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Caxias do Sul. No RS, a operação ocorre em Caxias do Sul, Uruguaiana, Flores da Cunha, Bento Gonçalves, Vale Real, Torres, Barra do Ribeiro, São Leopoldo e Ijuí. Em São Paulo, os agentes fazem buscas em Sorocaba, e em São Paulo; no Mato Grosso, em Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Mirassol do Oeste; e no Mato Grosso do Sul, em Ponta Porã. No Paraguai, a operação vasculha as cidades de Assunção e Pedro Juan Caballero.  

As investigações começaram há cerca de dois anos e tiveram a cooperação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. Duzentos e cinquenta agentes executam a Operação Matriz, apelidada assim pelo fato de a droga ser marcada com a imagem de um leão, identificando o seu cartel fornecedor.