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Em outro atentado, pré-candidato a prefeito de Jandira assassinado sobreviveu a 9 tiros

Leonardo dos Anjos<br>Do UOL Notícias

Em São Paulo

09/11/2011 18h09

O pré-candidato à Prefeitura de Jandira assassinado ontem (8), Luiz Decarli Filho, 62, já esteve envolvido em outros casos de violência. O mais significativo deles foi em 2003, quando sobreviveu a um atentado no qual levou nove tiros.

A informação foi confirmada por Zacarias Tadros, delegado titular de Jandira, que lembrou que o nome de Luiz Decarli já esteve presente em diversos boletins de ocorrência –sem precisar quantos--, não somente em 2003, mas também nos anos seguintes.

“Ele já foi citado como vítima e também como autor em diversas ocorrências”, declarou o delegado.

As causas do atentado de 2003 permanecem não esclarecidas, segundo o delegado. De acordo com Tadros, o pré-candidato (que era conhecido em Jandira como “Goiaba”) era uma figura polêmica na cidade, não somente por sua vida política, mas por se tratar de uma pessoa pública, que não “economizava declarações que causavam furor”.

O delegado titular informou que trabalha com as hipóteses de latrocínio e homicídio, entre outras.

No último dia 27 de outubro, a TV Jandira publicou uma entrevista com Luiz Decarli Filho, na qual o pré-candidato chamou os políticos da cidade de “violentos”.

Pré-candidato a prefeito de Jandira dá entrevista a TV; assista

O caso

De acordo com informações da Guarda Civil Municipal, por volta das 17h40 de terça-feira (8), Decarli Filhoconversava com amigos quando dois homens chegaram em uma moto.

Um deles desceu do veículo e, sem anunciar assalto, efetuou os disparos apenas contra o pré-candidato, que levou cinco tiros.

A vítima chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia ainda não tem informações sobre suspeitos.

O corpo de Decarli Filho foi velado na manhã desta quarta-feira (9) no ginásio central de esportes da cidade.

Violência em Jandira

Em 10 de dezembro de 2010, o então prefeito de Jandira, Walderi Braz Paschoalin (PSDB), foi morto a tiros quando chegava a uma rádio.

Entre outros denunciados o Ministério Público apontou como mentores do crime dois ex-secretários municipais, Sérgio Paraizo e Wanderley Lemes de Aquino, e Anderson Luiz Elias Muniz, o “Ganso”, ex-candidato a vereador.