Favela incendiada promove show para arrecadação; e rapper critica prefeitura
Um mês após o incêndio que destruiu parcialmente a favela do Moinho, um festival de rap foi usado para arrecadar roupas e mantimentos para os moradores desalojados.
O rapper Rappin Hood, um dos artistas convidados, usou sua apresentação para se manifestar contra a proposta da prefeitura de retirar os moradores do local.
Galpão de escola de samba abriga drama de vítimas; assista
"Não adianta colocar fogo que a gente levanta tudo de novo", disse antes de uma das músicas. "Não adianta querer tirar daqui. Cinco anos já é usucapião, não adianta que é `nóis´", completou. Ele também alterou o refrão de uma das músicas para cantar "Pode botar fogo que a gente reconstrói".
O evento teve protestos contra o prefeito Gilberto Kassab e a "higienização social", termo usado por um dos convidados a discursar. Os organizadores anunciaram que até o começo da tarde já tinham sido arrecadados cerca de 500 quilos de alimentos
Um mês após o incêndio que destruiu parte da Favela do Moinho, na região central de São Paulo, no dia 22 de dezembro, a maioria das famílias que tiveram seus barracos queimados continua vivendo no local. Um galpão improvisado embaixo do viaduto Orlando Murgel, um dos limites da favela, serve como abrigo para as barracas construídas com papelão, lençóis, tábuas de madeira e outros objetos encontrados por ali.
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