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Mãe diz a TV que faltava cinto em cadeira de adolescente morta no Hopi Hari

Foto de arquivo mostra o brinquedo Torre Eiffel, onde aconteceu o acidente - Rochelle Costi/Folhapress - 27.nov.1999
Foto de arquivo mostra o brinquedo Torre Eiffel, onde aconteceu o acidente Imagem: Rochelle Costi/Folhapress - 27.nov.1999

Do UOL, em São Paulo

27/02/2012 10h30Atualizada em 27/02/2012 11h52

A mãe da adolescente Gabriela Nichimura, 14, que morreu após cair de um brinquedo do parque de diversões Hopi Hari na última sexta-feira (24), em Vinhedo (SP), disse ontem (26) em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, que notou a ausência de um cinto na cadeira do "La Tour Eiffel", onde ocorreu o acidente.

Silmara Aparecida Nichimura disse que estava no brinquedo com a filha e o marido. “Eu falei para a minha filha: ‘Está travado?’ Ela falou: ‘Mãe, está travado'. Só que tem um outro fecho, como se fosse um cinto, e eu observei que o dela não tinha esse fecho", afirmou. “Só que tinha um funcionário do parque no momento e falou para mim: ‘Não tem problema. É seguro’", completou Silmara.

A assessoria de imprensa do Hopi Hari informou que está aguardando o resultado da perícia que vai constatar as causas do acidente.

A mãe de Gabriela disse ainda que não viu o momento em que a adolescente caiu. "Eu ouvi um barulho muito forte e ouvi o grito da minha sobrinha. Não me pergunte como, eu não sei como destravei aquele brinquedo. Só vi quando estava ali, ajoelhada, orando com ela.” Abalada, Silmara lembrou dos momentos com a filha. “A gente saía para comer junto, a gente ia à igreja junto, a gente dançava junto, tudo a gente fazia junto”, disse.

Nesta semana, o delegado Álvaro Santucci Júnior, da delegacia de Vinhedo (a 79 km de São Paulo), que investiga o caso, deve ouvir ao menos três funcionários do parque, além dos familiares de Gabriela. Na sexta, o delegado ouviu três testemunhas que disseram que a menina caiu após a trava do assento em que estava abrir.

Parque fica no interior de SP

  • Arte/UOL

Os pais da garota são brasileiros, moram no Japão e passavam férias na casa de parentes em Guarulhos (Grande São Paulo), onde a adolescente foi enterrada no sábado (25).

Acidente

O acidente ocorreu por volta das 10h30 de sexta-feira. A garota foi levada para o hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí (SP), mas não resistiu. Ela teve traumatismo craniano seguido de parada cardíaca.

O parque fica no km 72,5 da rodovia dos Bandeirantes. O brinquedo onde ocorreu o acidente tem 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Na atração, os participantes caem em queda livre, podendo atingir 94 km/h, segundo informações do site do parque.

Em nota, o Hopi Hari informou que "lamenta profundamente o ocorrido" e que "está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente".