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Greve dos metroviários de Belo Horizonte (MG) completa oito dias nesta segunda-feira

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

21/05/2012 09h35

A greve dos metroviários de Belo Horizonte completou oito dias nesta segunda-feira (21) e segue cumprindo escala reduzida determinada na semana passada pela Justiça do Trabalho, que fixou o funcionamento normal das composições nos horários de pico. A greve prejudica aproximadamente 215 mil usuários do transporte.

Após assembleia realizada no último sábado (19), os metroviários decidiram pela continuidade da paralisação, já que, segundo o sindicato da classe, não houve avanço nas negociações com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo metrô da capital mineira.

Uma reunião foi feita na sexta-feira (18), no Rio de Janeiro, com representantes de sindicatos de outras cidades que contam com metrô e com a direção da CBTU, mas não houve acordo. Os grevistas pedem, principalmente, 5,74% de reajuste salarial, ampliação do plano de saúde e participação nos lucros.

A greve começou na semana passada com a paralisação total das 19 estações. O Tribunal Regional do Trabalho fixou, após uma audiência entre os envolvidos, realizada ainda na segunda-feira (14), que o metrô deveria funcionar com a escala reduzida, de segunda a sexta-feira, das 5h20 às 8h30, no turno da manhã, e das 17h às 19h30, no horário da tarde. Aos sábados, o funcionamento foi previsto para ser das 5h30 às 9h. Aos domingos e feriados o metro não funciona.

Uma nova audiência está prevista para ocorrer entre representantes dos metroviários e da CBTU nesta segunda-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (3ª Região), em Belo Horizonte.

Negociação salarial

De acordo com o sindicato dos empregados, a CBTU não fez oferta de nenhum índice de reajuste. Por sua vez, a companhia informou por meio de nota que as negociações salariais estão sendo feitas desde o início do ano e abrangem todas as praças onde a estatal atua.

No entanto, o boletim não faz menção ao reajuste proposto pela companhia aos funcionários. Segundo a nota, as reivindicações dos metroviários mineiros foram repassadas à administração central da companhia.