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Justiça libera jovem envolvido em abuso sexual de garota em sala de aula no DF

Do UOL, em Brasília

04/06/2012 16h28Atualizada em 04/06/2012 17h54

A Justiça do Distrito Federal concedeu o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do estudante Hiago Soares de Sousa, envolvido no caso de abuso sexual de uma estudante de 13 anos dentro de uma sala de aula do Colégio Sete, em Ceilândia, cidade a cerca de 30 km de Brasília. A decisão de mantê-lo solto durante o processo foi tomada no fim de semana pelo juiz plantonista Marcio da Silva Alexandre.
 
De acordo com o delegado-chefe da Delegacia da Criança e do Adolescente, Juvenal de Oliveira Campos Jr, Sousa e mais seis menores são suspeitos de obrigar a aluna a fazer sexo oral com Sousa e um dos menores durante o intervalo das aulas em uma sala que estava vazia. Os outros garotos ajudariam a manter a porta da sala fechada e fazer vigilância para evitar que outras pessoas vissem a cena.

Segundo o delegado, a vítima relatou que foram três dias seguidos de abuso --de quarta a sexta-feira-- e que apenas no terceiro dia, após saber que foi filmada durante o ato, contou a amigas. O caso chegou à polícia na última sexta-feira (1º), quando uma das amigas da vítima contou o fato à diretoria da escola, que acionou os policias do Comando de Polícia, que fica dentro da Escola, que por sua vez levaram o caso até a DCA II (Delegacia da Criança e do Adolescente).

Três dos menores envolvidos foram aprendidos, mas já foram soltos. Outros três ainda não foram identificados. A polícia continua procurando os suspeitos.  

A aluna, que foi vítima do abuso, e uma das colegas, que testemunhou em seu favor, mudaram de escola. A Secretaria de Educação foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o caso.

Segundo uma pessoa do colégio que não quis se identificar, o local estuda reforçar a segurança interna e externa do colégio, com o trancamento das salas durante os intervalos, mudança de cadeados e aumento da ronda de policiais nas imediações.

Diferentemente de boatos que saíram junto com o caso, a mesma pessoa, que pediu anonimato, informou que a garota que foi abusada não tinha qualquer deficiência mental. Apenas sofria de déficit de atenção e, por isso, fazia aulas de reforço no período da manhã, já que estudava à tarde.

Os menores podem ter de cumprir medida socioeducativa com internação por até três anos, e o maior de idade pode ser condenado de oito a 15 anos de prisão por estupro de vulnerável.