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Prefeitura libera alvarás para ter táxis elétricos circulando pelas ruas de São Paulo

Kassab dirige táxi com tecnologia de emissão zero de poluentes; no dia 5 de junho, ele lançou um projeto piloto de táxis elétricos na cidade, que testa a viabilidade da nova tecnologia para a frota da capital - Divulgação/Prefeitura de São Paulo
Kassab dirige táxi com tecnologia de emissão zero de poluentes; no dia 5 de junho, ele lançou um projeto piloto de táxis elétricos na cidade, que testa a viabilidade da nova tecnologia para a frota da capital Imagem: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

Bruno Bocchini

Da Agência Brasil, em São Paulo

20/06/2012 20h29

Táxis elétricos ou híbridos –que funcionam a combustão e a energia elétrica– deverão circular em breve pelas ruas da capital paulista. A prefeitura autorizou hoje (20) a liberação de 116 novos alvarás para esse tipo de veículo. As autorizações, destinadas apenas a empresas por causa do alto custo, serão disponibilizadas em 58 pacotes fechados de cinco alvarás cada um.

Apesar do preço elevado dos carros elétricos ou híbridos, que gira em torno de R$ 130 mil, a Secretaria de Transportes está confiante no interesse das empresas, já que no pacote há alvarás para táxis comuns, movidos a combustão.

“Para conseguir os dois alvarás para os táxis comuns, a empresa terá de pegar o pacote todo, com os cinco alvarás, e apresentar os carros híbridos ou elétricos e o táxi acessível”, disse o diretor do Departamento de Transportes Públicos da Secretaria Municipal de Transportes, Hélder Pereira. Na cidade, hoje, existem apenas 35 “táxis acessíveis” para atender a pessoas com deficiência. Se todos os pacotes foram adquiridos pelas empresas, mais 58 passarão a circular pelas ruas.

De acordo com a secretaria, os carros híbridos têm autonomia para 500 quilômetros e consomem 50% a menos combustível que um veículo comum. A emissão de poluentes também é 50% menor. Para adquirir o pacote –comuns, elétricos ou híbridos– as empresas não terão isenção fiscal, diferentemente dos taxistas autônomos que podem comprar os veículos - movidos a combustíveis renováveis, como o álcool –com melhor preço.

Para o Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, a oferta de alvarás para carros híbridos ou elétricos para autônomos é inviável. “O investimento é muito alto, esses veículos não são fabricados aqui, têm carga tributária elevada, preços em dólar. Em segundo lugar, nós não temos infraestrutura para atender o abastecimento dos elétricos”, declarou Giovanni Romano, assessor do sindicato.

Os táxis elétricos terão de ser abastecidos diretamente na rede elétrica, enquanto os híbridos usam gasolina para fabricar eletricidade, em um processo que é mais econômico e produz menos poluição do que os carros comuns.