Topo

Comentarista esportivo é morto a tiros ao deixar emissora onde trabalhava em Goiânia

Valério Luiz de Oliveira foi morto na porta da Rádio Jornal 820, em Goiânia - Divulgação PUCTV
Valério Luiz de Oliveira foi morto na porta da Rádio Jornal 820, em Goiânia Imagem: Divulgação PUCTV

Rafhael Borges

Do UOL, em Goiânia

05/07/2012 16h19

O comentarista esportivo Valério Luiz de Oliveira foi morto na tarde desta quinta-feira (5) na porta da Rádio Jornal 820 em Goiânia, um dos locais onde trabalhava a vítima. A polícia apurou, preliminarmente, que foram disparados pelo menos seis tiros contra o carro onde ele tinha acabado de entrar.

O cronista tinha acabado de participar de um programa esportivo da emissora e, quando deixava a rádio, por volta das 14h, foi abordado por um motoqueiro que disparou vários tiros. A polícia ainda não divulgou quantos acertaram Valério, que morreu no local.

Ele trabalhava também na PUC TV, como cronista do programa “Mais Esportes”, e era conhecido por comentários considerados polêmicos. Colega de trabalho na emissora de televisão, a jornalista Larissa Rodrigues diz que está assustada e triste com o fato. “Posso dizer que sempre foi profissional. Era polêmico, mas jornalista esportivo tem de ser assim mesmo.”

Filho de Mané de Oliveira, um dos mais tradicionais apresentadores esportivos de Goiás, Valério Luiz já participou de vários programas esportivos, como "Esporte Total" (TV Brasil Central), em diversas emissoras, entre elas RBC, TV Goiânia e Rádio Anhanguera. Ele tinha 49 anos, era pais de três filhos e iria ser avô.

Investigações

A polícia ainda não divulgou a linha de investigação, mas colegas de trabalho do comentarista dizem acreditar que a morte possa ter relação com desentendimentos entre ele, torcedores e clubes de futebol na capital.

Recentemente a PUC TV foi impedida de exercer seu trabalho nas dependências do clube Atlético Goianiense. No documento apresentado, o motivo seria a presença no quadro de profissionais do programa “Mais Esportes” do comentarista Valério Luiz, considerado por Maurício Sampaio, sócio de uma rádio e ex-vice-presidente do Atlético, “persona non grata no clube”.

Uma testemunha que teria presenciado o crime presta depoimento neste momento para a polícia. Em conversa preliminar, ela disse aos policiais que um motoqueiro estava parado na porta da rádio havia algum tempo. Quando o jornalista deixou a emissora e entrou em seu carro, um Ford Ka, o motoqueiro se aproximou e efetuou seis disparos.