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PM diz que não fazia operação onde criança morreu por bala perdida, no Rio

Tereza Odete Bento de Mourão chora após a confirmação da morte da filha - Pablo Jacob/Agência O Globo
Tereza Odete Bento de Mourão chora após a confirmação da morte da filha Imagem: Pablo Jacob/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

20/08/2012 11h55Atualizada em 20/08/2012 11h55

A Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou não ter realizado qualquer operação contra traficantes da comunidade Terra Nostra, na madrugada desta segunda-feira (20), em Costa Barros, na zona norte da cidade, quando uma menina de seis anos morreu após ser atingida por uma bala perdida na cabeça.

Em nota divulgada nesta manhã, o comando da corporação disse que a menor foi socorrida por um blindado da PM que estava próximo ao local em função de uma ação contra roubo de veículos. O veículo teria ido à favela após informações passadas por um motorista, que supostamente mencionou a ação de 30 homens armados na tentativa de fechar uma rua.

Quando chegaram ao local, os agentes que estavam no blindado, conhecido popularmente como "caveirão", foram recebidos a tiros. No entanto, na versão da Polícia Militar, eles não revidaram --as armas utilizadas pelos policiais serão periciadas.

A vítima foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região e, em seguida, ao hospital Souza Aguiar, no centro, mas não resistiu aos ferimentos. A menor não possuía certidão de nascimento, o que dificulta a reclamação do corpo por parte da família.

Segundo informações do hospital, o corpo ainda não havia sido liberado até o fim da manhã. A ação foi realizada por homens do batalhão da PM em Irajá (41º BPM), na zona norte. O caso foi registrado na delegacia da Pavuna (39ª DP).

A menina de seis anos foi atingida por um disparo de fuzil no momento em que se preparava para ir a um brinquedo conhecido como pula-pula, que é colocado aos domingos durante um pagode promovido por moradores da comunidade.