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Quatro filhotes de tigre real de bengala nascem em cativeiro em zoo em Goiânia

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

24/09/2012 09h46

Quatro filhotes de tigre real de bengala, espécie em extinção, nasceram no zoológico de Goiânia. Os felinos têm um mês de vida, são filhos de tigres real de bengala, que vieram de Santa Catarina em fevereiro deste ano.

Segundo o diretor do zoológico, Raphael Cupertino, os filhotes, apesar de terem nascido saudáveis, ainda inspiram cuidados, por isso são avaliados duas vezes ao dia pela equipe de veterinários. O nascimento dos tigres, que estão ameaçados de extinção, foi uma surpresa para os profissionais da unidade.

Para Cupertino, o zoológico alcançou o seu maior objetivo, que é a perpetuação da espécie. Segundo ele, os tigres real de bengala vivem livres somente na Índia, onde há uma população média de menos de mil indivíduos. 

O diretor do zoológico conta que todo o período de gestação foi acompanhado com atenção pelos profissionais da unidade. Após o nascimento, o macho e a fêmea foram separados, para que a mãe possa dar mais atenção aos filhotes e tenha maior espaço. A dieta da fêmea recebeu suplementação, para que tenha condições nutricionais de oferecer leite de boa qualidade.

Para Cupertino, o ambiente do zoológico, que está com nova infraestrutura, a nutrição e o baixo estresse favoreceram a reprodução em cativeiro. De acordo com ele, desde que chegaram ao local os tigres se adaptaram ao habitat.

Os tigres real de bengala vieram de Santa Catarina, mas não se conheciam. Por medidas de segurança, eles foram instalados em recintos separados. Com o tempo foi retirado o obstáculo, e o casal se encontrou, resultando na concepção dos quatro filhotes.

O diretor do zoológico avalia que a reprodução marca uma nova fase da unidade, que foi reaberta em maio deste ano após três anos de reforma. O período foi marcado pela morte de 240 animais. O zoológico hoje está com 510 animais.

O alto número de mortes foi o que provocou o fechamento do zoo, em 2009, quando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a diretoria do local e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) exigiu mudanças estruturais.

Cupertino diz que as exigências foram cumpridas e avaliadas pelos órgãos responsáveis antes da reabertura do local. Para ele, as obras não influenciam na morte dos animais, que, na maioria dos casos, ocorreu por doenças ou idade avançada.

Mas reforça que a nova infraestrutura colabora para a qualidade de vida do plantel. “O número de mortes vem diminuindo, porém vão ocorrer porque estamos lidando com seres vivos, e isso faz parte do ciclo da vida.”