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Buscas por idosa gaúcha que sumiu em Aparecida (SP) chegam ao quarto dia

Beatriz Winck, 77, desapareceu no Santuário Nacional de Aparecida (SP) no último dia 21 de outubro - Arquivo pessoal
Beatriz Winck, 77, desapareceu no Santuário Nacional de Aparecida (SP) no último dia 21 de outubro Imagem: Arquivo pessoal

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

25/10/2012 16h07

Já dura quatro dias as buscas por Beatriz Joanna Von Hohendorf Winck, 77 anos, desaparecida no Santuário Nacional de Aparecida (180 km de São Paulo), no último domingo (21).

A aposentada, gaúcha de Portão (39 km de Porto Alegre), na região metropolitana, desembarcou na cidade paulista em uma excursão com o marido. Ela foi vista pela última vez por volta das 17h daquele dia, em uma loja de velas dentro do santuário. Desde então, ninguém mais teve notícias da mulher.

O marido de Beatriz, Delmar Winck, 82 anos, um filho e um genro estão na região distribuindo cartazes que possam auxiliar na elucidação do desaparecimento. Conforme a filha da aposentada, Ivone Cristina Winck, as buscas estão sendo feitas nas cidades próximas ao santuário.

"A polícia está ajudando. Recebemos uma pista de que ela teria sido vista na cidade de Guaratinguetá (187 km de São Paulo), mas até agora nada. Provavelmente ela esteja em alguma cidade próxima, já que eles [os pais] já conhecem a região de outras viagens", afirmou Ivone.

Lapso

Segundo ela, a mãe não sofre de problemas de memória, porém não descarta nenhum tipo de transtorno. "Em alguns momentos, ela já teve lapsos comuns, mas nunca perdeu a memória totalmente. Acredito que ela pode ter sido assaltada. De repente, recebido alguma batida na cabeça e estar desorientada."

Beatriz aguardava o marido na loja de velas quando desapareceu. Ela levava consigo uma bolsa, na qual estavam, entres outros objetos, documentos e uma agenda telefônica. "Ela toma medicamentos para o coração. Estamos preocupados, pois desde domingo ela está sem os remédios", disse Ivone.

De acordo com a filha, a mobilização em torno do caso trouxe à tona o drama de outras famílias de desaparecidos. "O santuário é muito frequentado, e vi que várias pessoas desapareceram ali. Com certeza minha mãe não foi a primeira nem será a última a desaparecer."

Desaparecidos

Segundo a polícia local, de dois a três sumiços são registrados por fim de semana, especialmente em outubro, quando aos sábados e domingos cerca de 200 mil pessoas circulam pelo santuário. Entretanto, são em sua maioria casos de desencontros, que não duram muito tempo.

Nessa quarta-feira, o reitor do Santuário Nacional de Aparecida, padre Darci Nicioli, divulgou uma nota na qual lamenta o ocorrido e caracteriza o sumiço de Beatriz como caso "inusitado".

"Devido ao grande número de peregrinos que acorrem à cidade, especialmente nos finais de semana, desencontros e ausências temporárias acontecem esporadicamente e são resolvidos até o final do dia, através da própria estrutura oferecida aos visitantes. Para o Santuário Nacional, o acontecido com a Sra. Beatriz é inusitado", descreve o documento.

Quem tiver informações que podem auxiliar na descoberta do paradeiro de Beatriz Joanna Von Hohendorf Winck pode informar à polícia pelo telefone (12) 3105-2211.