Advogada suspeita de ligação com facção criminosa é morta a tiros em Araçatuba (SP)
Uma advogada de 33 anos foi morta com sete tiros na madrugada deste sábado (10) num posto de gasolina de Araçatuba (527 km de São Paulo). O assassino desceu da garupa de uma motocicleta, conduzida por um comparsa, fez pelo menos dez disparos e fugiu. A polícia ainda não tem pista dos suspeitos. Ambos usavam capacete, o que prejudicou a identificação.
Piscilla Soraia Dib estava sentada na carroceria de sua caminhonete, uma Hilux preta, por volta das 2h, à espera do namorado, com quem iria a uma festa de peão. Ela estava na companhia de dois colegas, um deles, cabeleireiro.
"Eu e uma amiga fomos até o posto na companhia dela. Tinha bastante gente. Ela ficou na caminhonete bebendo, e nós fomos comprar cerveja. Quando voltamos e estávamos a dois metros de distância dela, chegou o rapaz e fez vários disparos", afirmou o cabeleireiro, que pediu para não ser identificado.
De acordo com ele, a advogada morreu na hora. "Acho que não deu nem tempo de ela perceber o que estava acontecendo. Foi muito rápido. Minha colega desmaiou. Eu tampei os ouvidos e fechei os olhos. O cara que estava dirigindo a moto acelerava o tempo todo enquanto o outro atirava."
A advogada, segundo o amigo, estava muito bonita na hora em que morreu. Ela vestia uma legging preta, com blusa e botas com estampas de oncinha. "Ela estava linda, muito feliz e glamurosa", afirmou o amigo.
Prisão
Em setembro de 2011, Priscilla foi presa suspeita de integrar uma organização criminosa, durante a Operação Anaconda, que teve a participação de promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) e das polícias Civil e Militar.
Na casa da advogada, foram encontrados um rádio comunicador na frequência da PM e maconha. Além dela, outras cinco pessoas foram presas. Em novembro de 2011, Priscila deixou a prisão de Tupi Paulista (646 km de São Paulo).
Após deixar a cadeia, Priscilla rompeu namoro com um rapaz que está preso acusado de tráfico de drogas. Ela chegou a receber ameaça de morte, possivelmente pelo fato de o ex-namorado não aceitar a separação, de acordo com a polícia.
A reportagem do UOL apurou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) suspeitava que a advogada, que atua na área criminal, tenha passado informações da facção para a polícia para conseguir deixar a prisão.
O corpo de Priscilla foi liberado na tarde deste sábado pelo IML (Instituto Médico Legal), após passar por exame necroscópico.
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