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Funcionários de companhia de ônibus param e afetam 300 mil passageiros em Porto Alegre

Pessoas aguardam em ponto de ônibus em Porto Alegre, durante paralisação de funcionários da companhia de transporte público Carris Porto-Alegrense - Bruno Alencastro/Agência RBS
Pessoas aguardam em ponto de ônibus em Porto Alegre, durante paralisação de funcionários da companhia de transporte público Carris Porto-Alegrense Imagem: Bruno Alencastro/Agência RBS

Do UOL, em Porto Alegre

30/11/2012 13h14

A paralisação dos funcionários da companhia de transporte público de Porto Alegre, a Carris, que tinha previsão inicial para durar das 5h às 9h desta sexta-feira (30), vai se prolongar. Em reunião com o prefeito José Fortunati (PDT), representantes dos motoristas, cobradores e mecânicos da empresa não chegaram a um acordo.

Desde o início da manhã, apenas cerca de 10% dos coletivos da empresa estão circulando pelas ruas de Porto Alegre, segundo o sindicato, o que fez com que paradas ficassem lotadas. 

Contatada, a assessoria da Carris informou que ainda aguarda aposição oficial da direção da empresa. A procuradoria-geral do município vai encaminhar um ofício à Justiça para obrigar o retorno das atividades.

Já o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários, Jarbas Franco, afirmou que na reunião não foi produtiva e que, está marcado para as 14h encontro no Ministério Público para tentar um acordo.

Maior empresa de ônibus de Porto Alegre, a Carris opera com 364 ônibus distribuídos em 29 linhas, transportando diariamente 300 mil pessoas. Nessa madrugada, parte de seus 2.000 funcionários se reuniu na garagem da companhia e decidiu pela paralisação.

Dentro de suas reivindicações, está o pagamento de bônus de R$ 800, prêmio por produtividade, prometido para esta sexta-feira. Mas, além dos pedidos, os funcionários reclamam do número de cargos em comissão na companhia, que acreditam ser elevado.

Também se queixam das condições de alguns terminais utilizados pelos trabalhadores, dos uniformes, do planejamento do estoque da oficina e da falta de segurança para a tripulação e passageiros.

A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) liberou a saída de 172 coletivos de outras empresas para atenuarem os transtornos ocorridos pela paralisação da Carris.