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Com dívidas de R$ 200 mi, novo prefeito decreta estado de calamidade pública na saúde de Nova Iguaçu, no Rio

Do UOL, no Rio

02/01/2013 12h37

O recém-empossado prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Nelson Bornier (PMDB), decretou nesta quarta-feira (2) estado de calamidade pública na rede municipal de saúde. O novo chefe do Executivo iguaçuano anunciou ainda a criação de um gabinete de gerenciamento de crise no Hospital da Posse, a principal unidade no município.

O objetivo da prefeitura é mapear os principais pontos críticos no funcionamento da unidade, além de ouvir as reclamações dos pacientes. O gabinete deve funcionar pelos próximos três meses.

De acordo com Bornier, o hospital tem uma dívida de cerca de R$ 200 milhões. Por causa disso, prestadores de serviço estão há meses sem receber, o que tem prejudicado a qualidade de atendimento.

Na versão do governo municipal, as melhorias --que incluem a contratação de médicos e o reforço do atendimento preventivo-- dependem do repasse de verbas federais, já que o hospital da Posse pertencia à União.

“Faltou gestão para dizer ao Ministério da Saúde que os recursos transferidos da União para o município não são suficientes. Consequentemente houve um acúmulo de dívidas que já estimamos em cerca de R$ 200 milhões”, disse. Segundo o prefeito, a lavanderia não é paga há nove meses, a empresa de alimentação, há dez, e a empresa de segurança, há um ano.

Sem condições de trabalho

Bornier, que assumiu o cargo nesta terça-feira (1º), determinou ainda o fechamento da sede do governo municipal para realização de uma auditoria. Segundo ele, não há condições de de trabalhar no prédio da prefeitura, que teve todos os telefones cortados por falta de pagamento.

"Os telefones estão todos cortados, inclusive o do gabinete do prefeito. [A prefeitura de] Nova Iguaçu está com o nome no Serasa e no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Estamos sem crédito sequer para comprar um algodão a prazo", afirmou.

De acordo com o prefeito, a falta de pagamento do aluguel de imóveis – um deles desde janeiro de 2005 – levou a uma ação de despejo do prédio onde funciona o principal posto de saúde do município: “Isso é o fim”, desabafou. (Com Agência Brasil)