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Justiça de Minas Gerais autoriza quebra do sigilo bancário do goleiro Bruno

Juíza Marixa Rodrigues durante audiência no julgamento do goleiro Bruno e de mais quatro réus - Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo
Juíza Marixa Rodrigues durante audiência no julgamento do goleiro Bruno e de mais quatro réus Imagem: Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

15/01/2013 14h40

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), determinou a quebra do sigilo bancário do goleiro Bruno Souza, réu em processo sobre o sumiço da ex-amante Eliza Samudio. O pedido foi feito pelo promotor Henry Castro, representante do Ministério Público no caso.

Castro irá enviar uma nota ao MP explicando os motivos do pedido. Uma fonte ligada ao caso adiantou que ele pretende, apesar de o processo já estar na fase de julgamento, confrontar movimentações financeiras nas contas bancárias do jogador com datas e pontos cruciais da investigação sobre o desaparecimento da moça, em junho de 2010.

O júri popular

O julgamento pelo sumiço de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, seria feito com cinco réus, em novembro do ano passado. Mas, após manobra dos advogados, houve desmembramento em relação a três deles, que serão julgados em março de 2013: o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, Dayanne de Souza, ex- mulher do jogador, e o próprio goleiro. Após incriminar o jogador, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. Fernanda Castro, ex-amante do jogador, foi condenada a 5 anos de prisão, em regime aberto.

Bruno e mais dois réus serão julgados em março deste ano no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. O UOL está tentando contato com o advogado do jogador.

Retorno de advogados

Marixa Rodrigues havia autorizado, no último dia 11, a volta dos advogados Ércio Quaresma e Fernando Magalhães à defesa do ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos. O pedido dos advogados foi feito no dia 3 de dezembro do ano passado.

Em novembro de 2012, os advogados haviam abandonado o plenário do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), durante o início do julgamento dos réus acusados da morte da moça.

A alegação dada foi que a magistrada não teria dado tempo suficiente para a apresentação das considerações preliminares aos jurados.  Os advogados enxergaram um “cerceamento de defesa”. Após o abandono dos advogados, a juíza desmembrou o processo em relação ao acusado, que será julgado em março deste ano juntamente com o goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne de Souza.