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Monomotor que ia do litoral para o interior de São Paulo desaparece com dois a bordo

José Bonato

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

29/01/2013 13h41

Dois empresários de 31 anos de idade estão sem fazer contato com suas famílias desde as 12h dess segunda-feira (28), após decolarem num monomotor em Ubatuba (226 km de São Paulo) com destino a Rio Claro (173 km de São Paulo).

Diego Perez, o piloto, e Marcos Teixeira Barros são amigos de infância e deveriam ter pousado em Rio Claro às 13h30 do mesmo dia, segundo José Carlos da Silva, agente de segurança de voo do Aeroclube de Rio Claro, que comunicou o desaparecimento da aeronave aos órgãos competentes.

De acordo com Silva, o piloto não fez plano de voo. “Nenhum órgão competente registrou esse plano de voo. Fazer ou não fazer o plano depende do piloto, mas se a rota não é feita significa que aquele avião não existe.”

Esse plano, segundo Silva, normalmente é transmitido para o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Curitiba, que o repassa para outros órgãos próximos à rota da viagem.

Monte Verde

Waldir Vieira, 50, tio de Marcos, afirma que estão sendo realizadas buscas pela Força Aérea desde às 10h desta terça-feira (29) em Monte Verde, cidade mineira perto de Campos de Jordão (181 km de São Paulo), ponto a partir do qual os sinais do GPS do avião desapareceram, o que pode indicar que houve queda.

Segundo Vieira, não foi possível fazer as buscas mais cedo devido ao nevoeiro na serra. Ele afirma que o piloto é experiente e cuidadoso e chegou a cancelar o voo no domingo (27) por causa das más condições do tempo.

O pai de Diego Perez, que ia voltar com ele para Rio Claro de avião no domingo, optou então por retornar a Rio Claro de carro. No lugar dele embarcou o amigo Marcos na segunda-feira. O monomotor tem apenas dois lugares. 

Celular

A esperança da família é que o piloto tenha feito um pouso forçado devido às condições climáticas e esteja impossibilitado de estabelecer contato. O monomotor, de prefixo PT-ZHT, de cor amarela, é da marca RV7, fabricado em Americana (127 km de São Paulo).

Vieira afirma que a família precisou entrar com uma medida judicial para obrigar a companhia telefônica Vivo a fornecer o local de onde foram feitas as últimas chamadas de celular do sobrinho. O objetivo é tentar descobrir onde o monomotor está.