Justiça de Santa Maria (RS) nega pedido de liberdade a sócio da boate Kiss
A Justiça de Santa Maria (301 km de Porto Alegre) negou nesta quinta-feira (31) o pedido de liberdade apresentado nessa quarta-feira (30) pelo advogado de um dos sócios da boate Kiss. Jader Marques, que defende Elissandro Callegari Spohr, o Kiko, havia feito o pedido ontem com a alegação de que o cliente não apresentava riscos à coleta de provas.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/01/28/voce-acha-que-as-casas-noturnas-sao-seguras-no-brasil.js
Com prisão temporária que vence amanhã (1º) decretada na última segunda-feira (28), o empresário está internado em um hospital em Cruz Alta, sub custódia policial, para tratamento de desintoxicação da fumaça inalada no incêndio ocorrido na madrugada do último domingo (27). Ao todo, 235 pessoas morreram na tragédia e mais de 100 ficaram feridas.
O UOL teve acesso à decisão. Nela, o juiz plantonista Afif Jorge Simões Neto destacou serem "múltiplas" as razões para a negativa ao pedido da defesa. Entre elas, o magistrado citou que a prisão temporária "embasou-se em sólidos fundamentos fáticos e jurídicos, principalmente no que diz respeito à necessidade da custódia para a investigação que se encontra em curso."
Santa Maria fica na região central do RS
O juiz apontou ainda a não liberação de Spohr pelo médico que o atende em Cruz Alta para que preste novo depoimento --para o magistrado, é "imprescindível" a medida, assim como a defesa não o convenceu da não "necessidade de manutenção" da prisão "para o aprofundamento do trabalho policial".
Além de Spohr, estão presos temporariamente o outro sócio da casa noturna, Mauro Hoffmann, e dois músicos da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na Kiss naquele dia e teria iniciado o incêndio. Para o Ministério Público, que se manifestou a favor das prisões, os sócios teriam manipulado ou omitido provas, uma vez que, em mandados de busca e apreensão na boate, não foram localizadas as imagens do circuito interno de câmeras.
O advogado de Spohr, Jader Marques, alegou no pedido de liberdade apresentado ontem que fornecedores a serem ouvidos pela Polícia Civil poderão confirmar a versão da defesa --a de que as câmeras estavam inoperantes, na realidade, há meses.
Marques não atendeu os telefonemas da reportagem após a decisão judicial.
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