Mizael diz que provas contra ele foram forjadas pela polícia
Respondendo à pergunta de um jurado, Mizael Bispo de Souza afirmou durante interrogatório nesta quarta-feira (13) que a Polícia Civil forjou as provas pra incriminá-lo pela morte de sua ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010. Hoje acontece o terceiro dia de seu julgamento.
O réu contou que nunca esteve na represa de Nazaré Paulista (SP), onde o corpo de Mércia foi encontrado e disse que, inclusive, nunca pisou em represa alguma.
Mizael nega ter matado Mércia; acusação não faz perguntas
"Tenho certeza que levaram meu sapato na água. Fizeram meu pé. Eu nunca estive na represa de Nazaré Paulista. Juro pela vida da minha filha de 11 anos", afirmou.
Mizael disse ter convicção de que o delegado Antonio de Olim, que presidiu o inquérito, "criou uma situação por um problema pessoal." "Em momento algum estou na cena do crime. Ele será candidato a deputado estadual e quer se promover às minhas custas", acusou.
O réu também revelou ter sido vítima de tortura dentro de um carro do DHPP, ao lado de três irmãos seus. "Disseram: 'você matou a Mércia'", contou.
Mizael negou ter tido discussões com Mércia por causa de honorários, já que foram sócios de um escritório de advocacia juntos, e afirmou que sua ex "não era gananciosa". Ele contou que terminou o relacionamento em setembro de 2009, mas que continuava se encontrando com ela.
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"Se ela tivesse outra pessoa o problema era com ela. Assim como eu falei que tinha uma namorada na Bahia e que ia casar com ela", disse.
O réu lamentou ser tratado como culpado pela imprensa e pela opinião pública e fez um desabafo. "Infelizmente se alguém chegar agora, abrir a porta e dizer 'eu matei a Mércia', ninguém vai acreditar." Em seguida, Mizael fez um apelo aos jurados: "Deus está no céu e tenho certeza que serei julgado por estas pessoas pela razão e não pela emoção."
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