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Mogi-Bertioga, em São Paulo, continua interditada após chuva e queda de barreira

Do UOL, em São Paulo

18/03/2013 06h37Atualizada em 18/03/2013 16h47

A rodovia Mogi-Bertioga, em São Paulo, continua interditada nesta segunda-feira (18) devido à chuva intensa que atingiu a região. De acordo com o DER (Departamento de Estradas de Rodagens), ainda não há previsão sobre quando a via deve ser liberada para o tráfego. 

A via está completamente interditada no trecho que vai do quilômetro 77 ao 98, entre os municípios de Bertioga e Mogi das Cruzes. Segundo o DER, há risco de novas quedas de barreira nesse trecho.

A Rio-Santos (rodovia Manoel Hyppolito Rego) que estava totalmente bloqueada entre os quilômetros 156 e 162, no trecho entre São Sebastião e Bertioga, por causa da queda de barreiras e de alagamentos na área, foi liberada por volta das 14h30. Não há informações sobre feridos.

Segundo informação do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), a liberação da pista ocorre de forma controlada, com pontos de pare e siga entre o km 156 e o km 162, que são monitorados pela Polícia Rodoviária e técnicos do DER.

A interdição teve início no domingo em razão das fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo neste fim de semana. A água do mar chegou a invadir a Rio-Santos.

Opção para os motoristas

Por causa da interditação das duas rodovias, o DER orienta os motoristas que estiverem antes da cidade de São Sebastião que optem por seguir pela rodovia dos Tamoios. Já quem está na região de Bertioga pode optar por continuar a viagem acessando o sistema Anchieta-Imigrantes para chegar à capital paulista.

Cerca de mil pessoas estão desabrigadas

Cerca de mil pessoas estão desabrigadas em São Sebastião em razão dos estragos provocados pelas fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo, segundo a Defesa Civil do município. São 250 famílias desabrigadas. A região mais afetada é a costa Sul, onde estão os bairros de Maresias, Boiçucanga, Baleia, Barra do Una, Barra do Sahy, Juqueí. O bairro de Camburi era o que apresentava maiores problemas na manhã desta segunda.

Segundo a Defesa Civil, a maioria dos desabrigadas foram para casa de parentes. Duas famílias que não tinham para onde ir estão alojadas no ginásio de esportes de Boiçucanga. Duas casas foram destruídas, seis danificadas e diversas alagadas. Uma pessoa ficou ferida nas costas sem gravidade após a queda de um muro e não há vítimas fatais.

O prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi (PSC), decretou estado de calamidade pública na noite deste domingo (17).

"Estou com ruas inundadas, bairros sujos, e o apoio que nós temos que dar às famílias eu não tenho condições de dar sozinho", afirmou Primazzi à Rádio CBN. "Alguns bairros estão com 100% de suas ruas alagadas. Estamos enviando as pessoas desabrigadas para o ginásio de esportes de Boiçucanga e para uma escola em Maresias. A cidade precisa de mantimentos, materiais de limpeza, colchões e cestas básicas, pois muitas pessoas saíram às pressas de suas casas e perderam tudo", relatou o prefeito.

Segundo ele, as quedas de barreiras estão dificultando a chegada de socorro aos bairros afetados. "Precisamos de mais máquinas para desobstruir as barreiras e por conta da interdição, não estamos conseguindo enviar mantimentos e assistentes sociais. Vamos torcer para que durante a madrugada ao menos meia pista seja liberada para que possamos levar ajuda aos desabrigados", completou.

Estragos

Na serra entre Maresias e Boiçucanga caíram, pelo menos, sete barreiras. No bairro de Camburi, onde o nível da água atingiu 2,35 metros, foram afetadas regiões como a do Areião, Vila Barreira e Lobo Guará.

As fortes chuvas também causaram enchente nas regiões de Baleia Verde, na praia da Baleia, e na entrada de Abras do Una, em Barra do Una, onde os moradores que possuem carro foram obrigados a estacionar no acostamento da Rio-Santos.

Em Maresias, diversas ruas, casas, estabelecimentos comerciais, entre pousadas, lanchonetes e padarias foram inundadas pela grande quantidade de água, causando muitos estragos e prejuízos materiais.

Muito lixo e sujeira foram levados pela enxurrada, entupindo bueiros e agravando ainda mais a situação. Segundo a Defesa Civil, houve três deslizamento de terra no Morro do Esquimó, em Juquehy.