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Irmã de PM acusado nega que tenha pedido para que o marido dela sumisse com provas

Professora Gláucia Maciel Santos (à dir.) participa como testemunha de defesa de julgamento no 3º Tribunal do Júri de Niterói (RJ) - Zulmair Rocha/UOL
Professora Gláucia Maciel Santos (à dir.) participa como testemunha de defesa de julgamento no 3º Tribunal do Júri de Niterói (RJ) Imagem: Zulmair Rocha/UOL

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

16/04/2013 18h10

A irmã do PM Carlos Adílio Maciel dos Santos, acusado de ter participado do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, afirmou em seu depoimento, na 3ª Vara Criminal de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (16), que ela não pediu que para seu marido, na época, tirasse armas, munição e uma moto da casa do irmão, como diziam escutas telefônicas interceptadas pelas polícia.

Na conversa, a professora Gláucia Maciel Santos, supostamente diz ao homem ter tirado objetos que foram utilizados na execução do plano para matar a juíza, da casa de Carlos Adílio. Segundo ela, que confirmou que a voz na conversa era a dela, o áudio falava da retirada de produtos de limpeza do terraço da casa.

"Minha mãe vende material de limpeza de maneira informal. Como nós tínhamos uma quantidade muito grande de garrafas pet de dois litros de desinfetante, achamos que isso poderia causar problemas, caso a polícia chegasse lá em casa. Por isso, falei com ele da retirada do material", disse Gláucia.

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Após a explicação, o promotor Leandro Navega mostrou o áudio ao júri. Na gravação, não foi ouvida nenhuma menção a produtos de limpeza.

Outro caso

Mais cedo, a defesa do réu contestou a argumentação e disse que o áudio da interceptação telefônica foi editado de forma a alterar o contexto da conversa.

"Essa escuta telefônica é de outro processo e não fala nada sobre desvio de munição. Inclusive, essa conversa foi editada. Não nos foi dado o direito do amplo contraditório", afirmou o advogado Robson Gomes Barcellos. "Não existe laudo, perícia e nem foi nomeado um assistente da defesa para acompanhar esse trabalho. Temos certeza de que houve edição."

Segundo o promotor Leandro Navega, que estava em frente à irmã do acusado, ao ouvir a escuta durante o julgamento, Gláucia "definhou". "Nem se eu dissesse para a minha filha de 10 anos que ela estava falando de material de limpeza, ela acreditaria".

Após ouvir a gravação, a professora reafirmou que estava falando do suposto material de limpeza.

O caso Patrícia Acioli em vídeos - 19 vídeos