Ciclista atropelado na zona norte do Rio diz que vai processar motorista
O ciclista Alberto da Silveira Junior, 40, atropelado na manhã desta quarta-feira (1º) na praça da Bandeira, zona norte do Rio de Janeiro, diz querer processar o motorista que se envolveu no acidente assim que ele for identificado. “No Brasil, não acredito que ele [o motorista] vá ser preso, mas vou processá-lo por causa do prejuízo. Nem que eu espere dez anos para receber, mas ele tem que pagar pelo que fez", afirmou o ciclista.
O condutor, que dirigia um carro preto, fugiu do local do acidente, segundo o ciclista. O atleta ia para o treino de triatlon e sofreu o acidente - ele subia o viaduto dos Fuzileiros para pegar a avenida Presidente Vargas quando um carro atingiu sua roda traseira.
Silveira passará amanhã por uma cirurgia. Ele fraturou a tíbia esquerda, além de romper ligamentos e nervos do calcanhar esquerdo. Ele sente dores nas costas e está internado no Hospital Santa Terezinha, na Tijuca, zona norte, onde fará a operação.
"Ao subir o viaduto, eu joguei a bicicleta para a direita, como sempre faço, porque tem carros. Dei uma diminuída e segui, porque vi que vinham quatro carros bem lá atrás. Comecei a subir quando ouvi a freada e senti a pancada atrás, na roda. Quando dei por mim, tinha dois carros parados e um pessoal me dando apoio. Ele não parou", contou o ciclista.
O ciclista faz esse trajeto todos os sábados e feriados, como parte do treino que faz para participar de sua primeira competição de triatlon. Silveira é maratonista desde os 27 anos e, no último ano, treina natação e ciclismo para o triatlon. Ele ia treinar em Copacabana.
"Comprei a 'bike' esse ano. Paguei R$ 4.000. Se não quebrou o quadro, o prejuízo vai ser só a roda, que destruiu. Se não, vai ser um prejuízo total", disse.
É a primeira vez que o ciclista, que tem uma empresa de telecomunicação, sofre um acidente de bicicleta. Ele diz que voltará a treinar assim que for dispensado pelos médicos, mas disse acreditar que isso levará um tempo.
Mas o que o preocupa são seus clientes, por isso pretende processar o atropelador. "O treino é hobby [Alberto é amador], talvez eu fique uns três ou quatro meses parado. Mas o trabalho não espera”, disse
Para Silveira, não há explicação para o condutor ter fugido do local onde ocorreu o acidente. "Como alguém atropela uma pessoa e não para? Ele não pode nem alegar medo de ser linchado, porque não tinha ninguém. Como alguém tem uma consciência assim?”, questionou Silveira. “Mas não desejo mal a ele e vou rezar para não acontecer nada à família dele. Temos que ser responsáveis pelas posições que tomamos na vida."
O ciclista registrou a ocorrência na 18ª DP (Praça da Bandeira), que abriu investigação e vai fazer a perícia na bicicleta.
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