Polícia apura se menor suspeito de estupro no Rio abusou de outras pessoas
O delegado-titular da 17ª DP (São Cristóvão), Mauricio Luciano de Almeida e Silva, que investigou o estupro de uma passageira em um assalto a um micro-ônibus na última sexta-feira (3), disse que o adolescente apreendido pelo crime tem um antecedente de roubo a um ônibus na área da 27ª DP ( Vicente de Carvalho), há aproximadamente um ano. Informações que chegaram ao Disque-Denúncia também indicam que ele pode ter praticado outros crimes sexuais. "Se tiver identificação dessas possíveis vítimas, nós vamos chamá-las", disse Silva.
Na época do roubo, disse o delegado, um dos responsáveis pelo adolescente ficou de apresenta-lo à Justiça como medida educativa, mas ele nunca foi apresentado. O adolescente também pode ter praticado outro roubo no mesmo dia em que assaltou o micro-ônibus. Segundo o delegado, um dos passageiros que foi obrigado a ajudá-lo no recolhimento dos pertences das vítimas, viu mais objetos dentro da mochila do menor. "Vamos pedir imagens de o ônibus que estavam próximos para ver se ele fez outro assalto", afirmou o titular.
Silva disse que a vitima do estupro chorou muito quando viu o agressor para o reconhecimento e que outros três passageiros também o reconheceram. "Ele demonstrou muita frieza para um adolescente, demonstrou desenvoltura, ousadia e covardia. Ele nao demonstrou arrependimento, parecia ter certeza da impunidade", afirmou Silva.
R$ 450 por arma
O adolescente confessou o crime à polícia ao se entregar, no início da tarde desta terça-feira (7). Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 33ª DP (Realengo), delegacia onde ele se entregou, o menor disse estar sob o efeito de drogas e contou que pagou R$ 450 pela pistola usada no crime.
"Ele disse que tinha essa quantia porque estava juntando para dar uma festa de aniversário no próximo domingo, e então investiu na arma para fazer assaltos e assim ter mais dinheiro", disse o delegado.
O adolescente estava escondido na casa da avó, no parque das Missões, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele mora com a mãe e a madrasta no Andaraí, na zona norte do Rio, e se escondeu após a divulgação das imagens do crime no ônibus.
Segundo o delegado, ele foi descoberto pela polícia porque seu padrasto já fez serviços na comunidade onde mora um policial da 33ª DP. Com isso, moradores da região procuraram o policial e denunciaram que o garoto estava escondido no local.
"Começamos a negociar de madrugada e, na hora do almoço, ele resolveu se entregar. Combinamos e ele se entregou em frente ao batalhão de Fuzileiros Navais, na Washington Luiz", disse o delegado.
Ele foi encaminhado à Vara de Infância e Adolescência, que decidirá para onde ele deve ser levado.
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