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Para Cabral, ocupação no Complexo do Alemão exige trabalho permanente

Corredores que se preparavam para a terceira edição da corrida Desafio da Paz, no Alemão, se assustaram com pelo menos dois tiroteios - Domingos Peixoto/Agência Globo
Corredores que se preparavam para a terceira edição da corrida Desafio da Paz, no Alemão, se assustaram com pelo menos dois tiroteios Imagem: Domingos Peixoto/Agência Globo

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

27/05/2013 12h12

Após os problemas com o tráfico no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, na última semana, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse nesta segunda-feira (27) que a implantação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região exige um trabalho permanente. "[O Complexo do Alemão] era o centro nervoso do comando de uma facção criminosa. Nós não vamos nos iludir que em dois anos e meio de ocupação [um ano e meio de UPP e um ano de Exército] nós vamos resolver esse problema. Esse é um trabalho permanente", explicou o governador. "Só se ganha essa luta com perseverança, coragem e fé. E nós temos isso."

No último domingo (26), a corrida Desafio da Paz, feita em um percurso de cinco quilômetros pela rota de fuga que foi usada por traficantes em 2010, durante a ocupação da região, teve a largada atrasada em uma hora por causa de um tiroteio.

Na quinta-feira (23), o comércio e algumas escolas do Alemão e do Complexo da Penha, na zona norte, fecharam as portas por um dia, por ordens do tráfico, após um traficante ser morto em confronto com a polícia.

Segundo o governador, hoje moram cerca de 100 mil pessoas no Alemão. A Secretaria Estadual de Segurança informou que o secretário José Mariano Beltrame vai se reunir com a cúpula de Polícia do Rio, nesta segunda, para discutir a necessidade de aumento do efetivo de policiais na UPP do Alemão.