'Foi um sonho interrompido', diz primo de jovem morto no McDonald's em SP

O primo de Diego Ribeiro Cassas, 18, morto a tiros na manhã desta sexta-feira (7) no estacionamento da lanchonete McDonald's em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, fala que o crime "interrompeu um sonho". 

Fábio Cléber da Silva, 32, contou que o jovem, que gostava de cozinhar, havia concluído o ensino médio e estava em dúvida se iria prestar vestibular para gastronomia ou educação física.

"Ele era um menino quieto, na dele, quase não saía. Ontem foi uma eventualidade, ele saiu por causa do aniversário de um amigo", disse o primo.

Diego estava com cinco colegas  quando foi assassinado a tiros após ter deixado uma casa de shows na Barra Funda, também na zona oeste. De acordo com um dos amigos, que presenciou o crime, ele se envolveu em uma briga no lugar da festa.

"Não estava junto dele no momento da confusão, mas sei que aconteceu. Acredito que as mesmas pessoas que brigaram com o Diego mataram ele", relatou  à reportagem do UOL o jovem, que se identificou apenas como Felipe, 24.

Ele lembra que, depois de deixar a casa de shows, o grupo parou em um McDonald's na rua Henrique Schaumann para lanchar. "Assim que descemos do carro, vieram dois homens, falaram alguma coisa que não entendi para Diego, sacaram a arma e atiraram contra ele", diz Felipe.

O jovem falou ainda que tentou ir atrás dos criminosos, mas eles atravessaram a rua, entraram em um Corsa preto que estava estacionado em frente a uma agência do banco Itaú, e fugiram pela avenida Brasil.

Nervoso e emocionado, Felipe parecia não acreditar no que presenciou. "Ele morreu com 18 anos. Você tem noção do que é isso?", questionou com lágrimas nos olhos.

"Ele era uma criança"

O primo da vítima disse que a família está chocada com o que aconteceu. "Estamos todos surpresos, ainda mais porque ele era uma criança. Tinha completado 18 anos há poucos dias", falou.

Diego Ribeiro Cassas morava em São Mateus, na zona leste, e trabalhava com o pai e o irmão mais velho em uma fábrica de produtos de limpeza.

"Espero que o autor do crime seja capturado. Mas isso não vai trazer a vida do meu primo de volta. O que nos resta são as boas lembranças dele, sempre contente e feliz", lamentou. 

Investigação

Seis pessoas já foram ouvidas pela polícia: os cinco colegas e o irmão da vítima. De acordo com o delegado Gilmar Contrera, titular do 14º DP, onde o caso foi registrado, as testemunhas que estavam com Diego no momento do crime disseram que ninguém conhecia os jovens que se envolveram na briga com a vítima. 

A polícia informou que ainda não tem pistas sobre os suspeitos, mas acredita que imagens do circuito de segurança da lanchonete e de prédios e estabelecimentos próximos vão ajudar a localizar os criminosos.

O caso está sendo investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

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