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Mulher de pastor preso acusado de estupro no Rio é indiciada por calúnia

O pastor foi preso sob a suspeita de estupros, homicídio, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro - Divulgação/Seap
O pastor foi preso sob a suspeita de estupros, homicídio, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro Imagem: Divulgação/Seap

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

12/06/2013 16h57

A mulher de Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, preso desde o dia 8 de maio, acusado de estupro, foi indiciada nesta quarta-feira (12) por denunciação caluniosa. De acordo com o titular da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), Márcio Mendonça, Ana Madureira prestou depoimento afirmando que o marido a estuprava e, em seguida, fez uma representação em cartório alegando que não havia sido violentada, além de gravar um vídeo negando que o marido tenha cometido o crime contra ela e divulgar em redes sociais.

Preso em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, Marcos Pereira, o pastor começa a ter seu futuro decidido no dia 17 de junho, a partir das 14h, na primeira audiência sobre o caso, em São João de Meriti, Baixada Fluminense.

A cidade é a mesma onde fica a igreja da qual Pereira é líder, e onde ele foi detido pela Polícia Civil. Na audiência, o pastor denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro começará a responder a duas acusações de estupro contra fieis de sua igreja. Na sessão também estarão presentes as testemunhas de acusação.

Em entrevista ao UOL, por intermédio de seu advogado Marcelo Patrício, Pereira negou as acusações de estupro, homicídio, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.

O pastor começou a ser investigado há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Marcos Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado algumas fiéis. Ele é investigado ainda por supostas participações em homicídios e por organizar orgias com menores de idade em um apartamento em Copacabana, avaliado em R$ 8 milhões e registrado em nome da igreja.