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'Estamos apertando o cinto sem reduzir investimentos', diz Alckmin

Gabriel Mestieri

Do UOL, em São Paulo

28/06/2013 12h07Atualizada em 28/06/2013 13h24

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (28) uma série de medidas para diminuir as despesas do executivo estadual, buscando compensar a perda de receitas gerada pela revogação do aumento das tarifas de transporte, que segundo ele chega a R$ 210 milhões.

Qual deve ser o principal tema dos próximos protestos no Brasil?

Inicialmente, Alckmin havia dito que iria cortar investimentos do poder público, mas hoje recuou: "Disse que íamos apertar o cinto, e estamos apertando sem reduzir investimentos. Nossa agenda foi reforçada pelas presença da população nas ruas".

Segundo ele, "os investimentos são necessários para gerar mais empregos e crescer". De acordo com o governador, as medidas --que incluem a extinção de uma secretaria-- vão gerar economia de R$ 130 milhões em 2013, e R$ 226 milhões por ano a partir de 2014.

A secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, criada por Alckmin no início de seu mandato, deixa de existir, e três fundações do Estado - Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo) e Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal) serão fundidas e passarão a funcionar como um único órgão. Além disso foram extintas a empresa estatal CPETUR (Companhia Paulista de Eventos e Turismo S/A) e a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), autarquia que tem como função incentivar o artesanato no Estado.

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Alckmin afirmou que pode haver demissões por conta dos fechamentos desses órgãos. Além disso, o governador anunciou que 2.036 cargos comissionados que não estavam ocupados serão extintos.

O governador anunciou também cortes de gastos com luz, água, telefonia, passagens aéreas e combustíveis, e informou que vai vender um helicóptero do governo.

Ainda de acordo com Alckmin, o governo ainda está estudando outras medidas com o objetivo de cortar gastos.

O jornal "Folha de S.Paulo" já havia adiantado que Alckmin anunciaria as medidas para dar fim às críticas que vinha sofrendoinclusive dentro do próprio partido , por ter afirmado que iria cortar investimentos em transporte para cobrir o gasto extra gerado pela revogação do aumento das tarifas.

Para conseguir arcar com a despesa, o Palácio dos Bandeirantes cogitou inicialmente realocar recursos de projetos que estão atrasados e não precisariam de verba em 2013.

No início desta semana o governador pediu à Secretaria de Planejamento que elaborasse um estudo detalhado de áreas que pudessem ser alvo de cortes em várias pastas.

Nesta quinta, secretários do chamado "núcleo político" do governador foram informados dos cortes e de que o já lançado programa para conter gastos de luz, água e telefone em todas as secretarias do Estado será ampliado.