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Sexta-feira terá protestos contra obra do Rodoanel em São Paulo e 'cura gay' no Rio

Do UOL, em São Paulo

28/06/2013 06h00

Manifestações estão marcadas para acontecer nesta sexta-feira (28) em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. Na capital paulista, há mobilizações distintas programadas contra as obras do trecho norte do Rodoanel e contra o governador Geraldo Alckmin. No RJ, haverá atos distintos contra o projeto apelidado de “cura gay”, pela redução das passagens e por investimentos em saúde, educação e transporte. Já em Brasília a manifestação será de entidades médicas.

São Paulo

Moradores de bairros ameaçados de remoção por conta das obras do trecho norte do Rodoanel, em especial de Parada de Taipas e Jardim Paraná, farão um protesto na avenida Raimundo Pereira de Magalhães, altura do número 12.300, na Parada de Taipas, zona norte da capital paulista. O ato está sendo organizado pelo Foro de Lideranças das Comunidades Atingidas pelo Rodoanel Trecho Norte, Assembleia Popular e tem apoio do Escritório Modelo da PUC (Pontifica Universidade Católica).

Mapa dos protestos

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Os manifestantes reclamam do baixo valor das indenizações propostas pela Dersa --estatal responsável pela obra. Segundo os moradores, os laudos das casas não consideraram o tempo de posse dos imóveis, a área do terreno e só levaram em conta as benfeitorias, o que reduziu o valor das indenizações.

Cerca de 2.000 famílias de bairros carentes e que não possuem escritura dos imóveis devem ser removidas por conta da obra. De acordo com as entidades, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), colocou à disposição apenas 400 unidades habitacionais, sem local e prazo de conclusão definidos.

Os manifestantes exigem que a Dersa reabra negociação com os moradores, Ministério Público e Defensoria Pública; que refaça a avaliação e os laudos das moradias; que dê informações precisas sobre as unidades da CDHU; e que dê informações sobre o cronograma das obras.

Além do protesto, a Força Sindical anunciou que reunirá nesta sexta-feira sindicatos de todo o país para definir os locais de greves e as manifestações do dia 11, quando as maiores centrais planejam paralisar. Em nota, a Força Sindical relata que a reunião começará às 9h30, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na capital paulista.

A ideia é agregar "representantes de sindicatos de todo o Brasil para discutir como serão realizadas as manifestações e paralisações de suas categorias, em 11 de julho, data do Dia Nacional de Lutas com Greves e Manifestações", de acordo com o texto.

Outro protesto, marcado pelo Facebook, pedirá o impeachment do governador Geraldo Alckmin. A concentração vai começar às 17h no vão do Masp (Museu de artes de São Paulo), na avenida Paulista. A página do ato contava com mais de 45 mil confirmações de presença até as 3h.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, uma manifestação contra a homofobia, com ênfase no projeto da cura gay, de autoria do deputado pastor Marco Feliciano e aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo político, está marcado para começar às 16h na Candelária, centro da cidade. Os manifestantes devem fazer uma caminhada rumo à Cinelândia, onde fica a Câmara Municipal do Rio.

Mais cedo, às 12h, o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), receberá um grupo de manifestantes da favela da Rocinha no Palácio da Guanabara. A audiência foi solicitada na terça (25), depois que cerca de mil moradores da comunidade saíram em passeata até a casa de Cabral no Leblon, na zona sul da cidade.

Também foi convocado, pelo Facebook, um protesto na praça Montese, em Marechal Hermes, zona norte da cidade, às 16h. As pautas são investimentos em saúde, educação e transporte. Mais de 2.300 confirmaram presença na página do ato até 0h de hoje.

A região metropolitana também será palco de protesto: 10 mil pessoas devem participar de uma passeata em São Gonçalo para reivindicar passagens municipais a R$ 1,50 e a redução da tarifa dos ônibus intermunicipais.

Qual deve ser o principal tema dos próximos protestos no Brasil?

Brasília

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal e a Associação Brasiliense de Médicos Residentes (Abramer) farão caminhada na capital federal nesta sexta-feira, a partir de 14h, na 701 Sul. Eles convocaram médicos da rede pública e privada a paralisar e manter apenas os atendimentos emergenciais.

O ato tem como objetivo exigir mais recursos para a saúde e protestar contra a possível contratação de médicos estrangeiros pelo SUS (Sistema Único de Saúde).