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Casal de PMs, filho e avó serão enterrados em Rio Claro (SP)

Sargento da Rota, a mulher, que também é PM, e o filho, mortos nesta segunda-feira (5) - Reprodução/Futura Press
Sargento da Rota, a mulher, que também é PM, e o filho, mortos nesta segunda-feira (5) Imagem: Reprodução/Futura Press

Do UOL, em São Paulo

06/08/2013 15h12

O sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa da elite da Polícia Militar, Luís Marcelo Pesseghini, sua mulher, a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, o filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, e a mãe da policial, Benedita de Oliveira Bovo, 65, serão enterrados na cidade de Rio Claro (173 km de São Paulo).

Os quatro foram mortos a tiros nessa segunda-feira (6) na residência do casal, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. A tia de Andreia, Bernadete Oliveira da Silva, 55, que também foi morta, será enterrada no cemitério Gethsêmani, na região de Anhanguera, zona norte de São Paulo. Os corpos foram liberados hoje pelo IML (Instituto Médico Legal) e já foram velados no Gethsêmani.

A principal suspeita da polícia é que o filho tenha matado os quatro e horas depois se suicidado. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, disse em entrevista nesta terça-feira (6) que o carro de um dos policiais militares mortos na zona norte da capital paulista nessa segunda-feira (5) pode ter sido estacionado pelo próprio filho de 13 anos do casal --até agora, único suspeito do crime.

O carro da cabo foi encontrado próximo ao colégio em que estudava o filho do casal, na Freguesia do Ó, também na zona norte. A suspeita da polícia é que o adolescente, após cometer os crimes, tenha ido ao colégio e depois cometido suicídio. 

Em entrevista ao "SPTV", da Rede Globo, Meira disse que imagens câmeras de segurança capturadas próximo ao colégio onde o menino estudava mostram uma pessoa estacionando o veículo à 1h15 de ontem e, às 6h15, “descendo e colocando uma mochila nas costas e caminhando em direção à escola”.

"Isso nos leva a concluir que pode ser o garoto [que estacionou ou deixou o veículo]", disse o comandante da PM. “Mas ainda não temos certeza”, ressalvou.

De acordo com o comandante, todos os tiros que mataram as cinco pessoas partiram de uma mesma arma --no caso, a pistola .40 da cabo assassinada e encontrada debaixo do corpo do garoto. Um revolver calibre 32 encontrado em uma mochila não foi utilizado, segundo Meira.

No DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), testemunhas já começaram a ser ouvidas. Uma delas é o pai de colega que teria dado uma carona a Marcelo ao pegar o filho na escola, ontem, no começo da tarde. Ao deixar o adolescente na casa dos PMs, Marcelo teria pedido que não buzinasse, pois o pai estaria dormindo.

“Isso que nos intriga: o tenente [que trabalhava com a policial] que foi ao local [do crime] chamar a cabo [por estranhar a ausência dela ao serviço] disse que o Marcelo era um menino dócil, agradável. E que inclusive sofria de diabetes e de uma doença no pulmão”, completou o comandante.


PM estranhou ausência

Os corpos das vítimas foram encontrados na tarde de segunda-feira. A polícia foi até a casa das vítimas depois de ter estranhado a ausência da policial no serviço. O sargento da Rota estaria de folga, e colegas de trabalho de um "bico" que ele fazia também estranharam a ausência.

O boletim de ocorrência do caso registra que uma testemunha que trabalhava com Andreia e morava perto das vítimas ligou para a polícia ao perceber que uma das casas estava fechada às 14h e aberta às 18h, com luzes acesas, sem que ninguém respondesse aos chamados. O sargento estava havia mais de 15 anos na Rota.