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Seiscentos protestam por CPI contra cartel de transportes na Alesp

Do UOL, em São Paulo

14/08/2013 18h34

Cerca de 600 manifestantes da CUT, do Sindicato dos Químicos e do "Movimento Moradia para todos" se concentram na sede da Assembleia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera,  zona sul de São Paulo. Os manifestantes exigem dos parlamentares a criação de uma CPI para o Caso Siemens. Eles usam carro de som e faixas contra o governo paulista.

Membros da Tropa de Choque estão no local, mas o protesto segue pacífico segundo a PM. A polícia bloqueou a entrada do prédio para evitar invasão dos manifestantes. Um grupo menor acompanha a sessão dentro do plenário.

Manifestação pede "Fora Alckmin"

Desde as 15h, pelo menos mil pessoas protestam contra a corrupção e o desvio de recursos públicos no metrô de São Paulo no centro de São Paulo. Às 18h45, os manifestantes começam a se concentrar na Câmara Municipal, no Centro, onde a rua já está interditada.

Antes, o grupo caminhou pelas ruas do entorno da Praça da Sé, onde protestou em frente a Secretaria Municipal de Transportes com faixas 'Fora Alckmin' e com catracas de isopor. No local,  alguns manifestantes atearam fogo em um boneco do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Estão presentes no ato o Sindicato dos Metroviários, Movimento Passe Livre, "Professores em Luta", Apeopesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e a CUT, que entoam frases como "Chega de sufoco e de político babaca, a gente tá lutando por uma vida sem catraca" pelas ruas do Centro da cidade. Partidários do PSol e do PSTU também participam do protesto seguido por 350 policiais da PM.

Denúncias de cartel motivam protestos

Após as denúncias da empresa alemã Siemens sobre a formação de um suposto cartel em licitações públicas do Metrô e da CPTM, ao menos dois protestos envolvendo diversos movimentos populares estão programados para agitar as ruas da capital paulista nesta quarta-feira (14).

O Sindicato dos Metroviários, em parceria com o Movimento Passe Livre, convocou os paulistas para participar de um ato com "caráter de denúncia" para reivindicar um transporte público, estatal e de qualidade.  Foi como definiu Nina Cappello, estudante de direito da USP e uma das organizadoras do movimento.

Os ativistas pretendem ainda cobrar por ações imediatas sobre as denúncias de negociatas dos governos do PSDB com grandes multinacionais para a formação de cartéis. As supostas propinas nos contratos para as obras do Metrô podem ter desviado R$ 400 milhões dos cofres públicos.