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"Melhor dia" foi quando aprendeu a atirar, teria dito filho de PMs em carta

Do UOL, em São Paulo

04/09/2013 17h46Atualizada em 04/09/2013 17h46

A Polícia Civil de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (4) que uma das provas anexadas no inquérito que apura a morte de cinco pessoas de uma mesma família na Vila Brasilândia, zona norte da cidade, é uma carta que teria sido escrita pelo estudante Marcelo Pesseghini, 13. Nela, o garoto relata que "o melhor dia" de sua vida foi aquele em que aprendeu a atirar.

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Marcelo é o principal e único suspeito de ter matado os pais, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini e a cabo Andréia Bovo Pesseghini, a avó Benedita Bovo e a tia-avó Bernadete Bovo. Nessa terça (3), representantes da Polícia Civil, no  DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disseram que os laudos entregues na véspera pelo Instituto de Criminalística de São Paulo reforçaram a tese defendida desde o início nas investigações: a de que Marcelo matou os familiares na madrugada de domingo (4) para segunda (5), no começo do mês passado, foi à escola, e, ao voltar para casa, se matou.

Todas as vítimas morreram com um tiro da pistola .40 que pertencia à cabo. A arma foi encontrada na mão do estudante, caído na sala ao lado dos corpos dos pais. Entre os laudos, está a constatação de que, no cano da arma, havia resquícios de cabelo chamuscado do garoto --o que, para a polícia, é característica de que ele teria se suicidado.

"Os laudos se alinham com a investigação policial no sentido da autoria e do suicídio", disse o delegado-geral Luiz Maurício Blazek, ontem.

Segundo Blazeck, 48 pessoas foram ouvidas durante a investigação. "Os laudos corroboram aquilo que está sendo investigado. Entretanto, todos precisam ser devidamente analisados e, se necessário, solicitaremos complementação, seja dos laudos ou da oitiva de testemunhas", acrescentou.

De acordo com o DHPP, os delegados analisam nove laudos e 25 relatórios dos Institutos de Criminalística e Médico Legal.

Também a partir dos laudos entregues segunda-feira (2) ao DHPP, há a indicação de que o pai e a avó do estudante foram assassinados enquanto dormiam. Já a mãe e a tia-avó do garoto estavam acordadas ao receberem disparo de arma de fogo que as matou.