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Empresa de ônibus há cinco dias em greve deixa de operar em SP

Garagem da empresa de ônibus Itaquera Brasil fica lotada durante paralisação de motoristas e cobradores, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, nesta quarta-feira (4) - Marcos Bezerra/Futura Press
Garagem da empresa de ônibus Itaquera Brasil fica lotada durante paralisação de motoristas e cobradores, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, nesta quarta-feira (4) Imagem: Marcos Bezerra/Futura Press

Marivaldo Carvalho

Do UOL, em São Paulo

04/09/2013 19h56

Após greves no transporte público, a Prefeitura de São Paulo apertou o cerco às empresas de ônibus e deu um prazo de 48 horas para a viação Itaquera Brasil, que atua na zona leste, se explicar sobre cerca de 7.000 reclamações recebidas apenas neste ano. Já a Oak Tree, que atendia passageiros da zona oeste, não opera mais na cidade. Os motoristas e cobradores da companhia estavam em greve há cinco dias.

Nos próximos dias, as demais empresas do consórcio Sudoeste, formado pelas viações Transppass e Gato Preto vão atender os usuários. 

Na manhã desta quarta-feira (4), motoristas e cobradores cruzaram os braços até as 12h. Eles reclamam do atraso no pagamento dos salários.

Os passageiros da região são atendidos pela operação Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) desde o último sábado (31). A partir da tarde desta quarta-feira (4), o sistema passou a funcionar com 75% da frota original, ante os 50%. O plano atende com 62 ônibus os 42 mil usuários das nove linhas do trecho nos dias úteis.

Multas 

A viação Itaquera Brasil/Novo Horizonte, que atua em parte do sistema de transporte público na zona leste da cidade recebeu 9.231 multas por conta de problemas no serviço prestados. A empresa será notificada pela prefeitura que estipulou um prazo de 48 horas prestar informações sobre as providências que serão tomadas para a correção dos problemas constatados.

Segundo a SPTrans, empresa que gerencia o transporte público na cidade, do total de autuações emitidas à viação, as principais são por descumprimento de intervalos e partidas e por veículos quebrados.

A empresa foi alvo de milhares de reclamações, referentes à qualidade do serviço. A queixa mais frequente é por excesso de intervalo das linhas. Entre os itens mais citados há, também, casos de motoristas que não atendem o sinal de parada, direção perigosa, e descumprimento de partidas. A SPTrans estuda quais medidas serão colocadas em prática para solucionar o atendimento aos passageiros.